Passada a semana grandioso ato de posse em que a maré vermelha tomou Brasília, passando por cima – inclusive – do esquema burocrático dos que pretendiam realizar um ato controlado, com revista e sem uma ampla participação popular, e depois da posse e da primeira reunião ministerial a expectativa é ver o novo governo entrar, efetivamente, em ação, no sentido do atendimento do atendimento das reivindicações do povo trabalhador, responsável pela sua eleição.
As primeiras medidas do governo Lula que foram positivas no sentido de manter seus compromissos de campanha em pontos fundamentais, como na questão do cancelamento das privatizações que estavam em curso no governo Bolsonaro, indicam a vontade do presidente e da maioria dos integrantes do novo governo por ele indicados, de caminhar nessa direção.
Infiltrados
No entanto, já são evidentes os conflitos de interesses no interior do próprio governo, com a infiltração de uma ala golpista (Alckmin, Tebet, ministros do MDM, PSD, UB etc.) e até de bolsonaristas em ministérios e cargos na máquina estatal, que não vai contribuir em nada para fortalecer o governo do PT. São setores absolutamente contrários aos interesses da esmagadora maioria do povo que garantiu a vitória de Lula.
Contra essa política, os trabalhadores, os partidos de esquerda, a CUT, os sindicatos, o MST, entre outras organizações dos trabalhadores devem apoiar o governo contra a direita e ao mesmo tempo pressionar pelas suas reivindicações do povo trabalhador.
É preciso mobilizar para que o governo Lula adote um conjunto de iniciativas de grande impacto político e social.
Além de barrar as privatizações, é preciso uma grande mobilização nacional em defesa da reestatização da Petrobras, da Eletrobras, da Vale, (antiga Vale do Rio Doce, entregue pelo governo FHC pela milésima parte das suas riquezas minerais).
Revogaço
É ainda fundamental nacionalizar o petróleo e colocar sua imensa riqueza a serviço do povo brasileiro, começando por reduzir o preço dos combustíveis; reduzir os impostos para os trabalhadores e aumentar os salários e aposentadorias para que a economia seja impulsionada a partir do consumo popular;
Cancelar a reforma da Previdência e garantir que o trabalhador tenha direito à aposentadoria integral, igual aos salários da ativa.
Garantir a reforma agrária com o confisco do latifúndio e o assentamento de milhões de trabalhadores sem-terra, indígenas e quilombolas.
Essas e outras reivindicações fundamentais só podem ser concretizadas pela mobilização popular. O que o povo fez na posse de Lula deve ser o exemplo colocado para os explorados do País.
A CUT e o Sindicato devem tomar a iniciativa, começando por intensificar a campanha pelo “revogaço” de todas as medidas contra os trabalhadores do regime golpista defendidas na posse em Manifesto de importantes organizações de luta dos trabalhadores (APEOESP, CUT-SP, CMP etc.)