Duas semanas depois de uma manifestação em Berlim na qual os manifestantes supostamente teriam pedido a morte de judeus, a polícia da capital alemã anunciou a proibição de cartazes de apoio a “organizações terroristas” palestinas e de “apelo à destruição de Israel” durante as manifestações primeiro de maio.
Citando a segurança pública, as instruções publicadas no sítio da polícia enfatizavam que “qualquer propaganda” da Frente Popular de Libertação da Palestina (PFLP) ou do Hamas havia proibida.
A polícia destacou ainda que “marcas de identificação, símbolos ou emblemas dessas organizações não podem ser exibidos em bandeiras e estandartes, nem nas roupas dos participantes ou de qualquer outra forma”. E não é só isso.
Foram proibidas declarações pedindo “a aniquilação do Estado de Israel e/ou de seus habitantes ou que possam transmitir uma prontidão para o uso da violência”.
A polícia de Berlim também proibiu cartazes de apoio ao Hizb ut-Tahrir, uma organização fundamentalista não violenta que busca restabelecer um califado islâmico.
Sem se referir explicitamente a Israel, o anúncio também proibiu a queima de bandeiras ou a emissão de slogans “que sejam difamatórios para partes ou indivíduos de um grupo étnico ou religioso, incitem ao ódio ou prejudiquem a dignidade humana de outros, bem como declarações difamatórias”.
Demonstrando pelo apoio à política de censura da polícia alemã – o que por si já justifica o porquê de ser tão odiado -, o Estado de Israel, por meio de sua embaixada no país europeu, declarou: “não permitiremos que o evento se torne um festival de deslegitimação e demonização de Israel”.