No dia 24 de abril, houve ataques de pistoleiros ao acampamento “Escurão”, na zona rural de Pimenta Bueno, Rondônia. As famílias relataram que atiradores a serviço dos latifundiários estão intimidando os moradores e ameaçando-os de morte caso não saiam do lugar. Segundo a página do Instagram @abraponacional – esses ataques não são um raio em céu azul, em março houve agressões por parte dos serviçais dos donos de terra e, recentemente, um camponês foi assassinado no dia 21 de abril no local, Adelmo Umbilino, conhecido como “Gordinho”, morto pela guarda particular do suposto “proprietário”, como foi retratado neste Diário.
Os moradores estão tentando denunciar a polícia, mas não existe resposta, afinal, todo mundo sabe que o setor policial é conivente com qualquer violência aos sem terras, defendem o Estado burguês, os latifundiários. Não só é negligenciado pelo Judiciário, apresentado como democrático por setores desorientados da esquerda, como qualquer crime cometido contra os trabalhadores rurais é ocultado pela imprensa, esta que tem um papel fundamental nessa operação criminosa, varrendo os fatos para debaixo do tapete e criminalizando-os, ou seja, atribuindo a culpa à vítima.
Para não ser mais uma vítima, os camponeses devem se reunir em coletivos de luta, se armarem para garantir o mínimo de autodefesa, pois ninguém vai ajudá-los: nem os “Web comunistas” que defendem o desarmamento e muito menos a força de repressão estatal, fantasiados de segurança pública, quando, na verdade, defende os interesses da classe dominante, esmagando os oprimidos, sobretudo seu setor mais pobre. O MST e demais organizações precisam intensificar a ocupação de terras, mostrar que os trabalhadores, estes que não tem nada a perder e tudo a ganhar, não estão para brincadeira.