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Partido da Imprensa Golpista

PIG se carteliza para proteger seu comparsa Moro e atacar Lula

Lula, PT e toda a esquerda precisam ficar preparados para as próximas movimentações dos golpistas

Em 21 de março, o presidente Lula concedeu entrevista à TV 247, ocasião em que expressou o desejo de milhões de brasileiros lesados com a Operação Lava-Jato, dizendo que só ficaria bem quando fodesse com Sergio Moro, o juiz que o condenou e prendeu em um julgamento farsa, a mando do imperialismo.

No dia seguinte, foi revelado um suposto plano de que o PCC estaria tentando matar Moro. Ao ser entrevistado sobre a revelação, o presidente Lula afirmou corretamente que se tratava de uma armação.

Inúmeros indícios da armação foram apontados pela imprensa de esquerda, tais como o Diário Causa Operária e o Brasil 247. Dentre os indícios, estão a atuação da Juíza Gabriella Hardt, comparsa de Moro, substituindo à última hora a juíza titular da 13ª Vara Federal de Curitiba; advogados de presos na Operação Sequaz afirmaram que jamais viram o nome de Moro em relatórios da Polícia Federal sobre o caso; imediatamente após a revelação do “plano” do PCC, Moro apresentou projeto de lei para criminalizar o crime do qual ele supostamente foi alvo; e o suposto plano já era conhecido há vários meses, sendo que o principal alvo das ameaças não era Moro (se é que ele era de fato), mas Lincoln Gakiya, promotor do Ministério Público de São Paulo.

Todos esses indícios foram sumariamente ignorados pela imprensa burguesa, que continuou (e continua) a insistir na narrativa de que Moro foi alvo de um plano do PCC para assassiná-lo. E não só “um” alvo, mas o principal alvo.

Os jornais burgueses primeiramente levantaram a tese de que ele seria o alvo principal por ter mandando transferir as principais lideranças do PCC para penitenciárias de segurança máxima. Dentre os alvos estava Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Contudo, essa tese caiu por terra, quando veio à tona que o responsável por ordenar essa transferência havia sido o Ministério Público de São Paulo.

Trocaram essa história por outra: Moro teria proibido as visitas íntimas nos presídios, por meio de uma portaria editada enquanto ele era ministro da justiça. Essa nova tese caiu por terra quando se descobriu que Moro apenas reproduzira conteúdo de portaria já assinada pelo ministro Torquato Jardim, do governo golpista de Michel Temer.

Mas, como o cinismo está no DNA da imprensa golpista, continuam a insistir nessas e em outras teses. E continuam a atacar Lula, por afirmar que a história de Sergio Moro seria uma armação.

Uma mentida contada mil vezes se torna uma verdade. Voltam a utilizar o método fascista que utilizaram para incriminar Lula, Dilma e o PT durante as épocas do Mensalão, do Golpe de 2016, da Lava Jato e da prisão do presidente.

Estão retomando com força a mesma campanha cínica de mentiras, de calúnias, de ataques pessoais contra Lula.

Nesta semana, na segunda-feira (27), prestou depoimento à 13ª Vara Federal de Curitiba o advogado Rodrigo Tacla Duran. Em seu depoimento, testemunhou que sofreu extorsão por advogados ligados a Moro, no valor de US$ 5 milhões, para não ser preso na Lava Jato.

Tacla Duran, que havia sido advogado da Odebrecht e fora acusado de lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava jato, denunciou haver sido procurado em 2016 pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, outrora sócio de Rosângela Moro. Foi-lhe oferecido um acordo de delação premiada, pelo valor de US$ 5 milhões, os quais deveriam ser pagos extra oficialmente.

O acordo seria fechado com a aquiescência de Deltan Dellagnol. Tacla Duran concordou e, assim, seu advogado no caso recebeu uma minuta do acordo em papel timbrado do Ministério Público Federal, com o nome dos procuradores envolvidos e as condições negociadas com Zucolotto.

Parte do valor, referente à primeira parcela, foi pago ao escritório de Marlus Arns, advogado que já havia sido parceiro de Rosângela Moro. Contudo, ele deixou de realizar os pagamentos, o que fez Sergio Moro decretar sua prisão preventiva. Ele seria eventualmente preso na Espanha.

Diante deste depoimento, e do fato de agora Sergio Moro e Deltan Dellagnol serem, respectivamente, senador e deputado federal, o processo foi remetido ao Supremo Tribunal Federal.

Nenhum destes fatos referentes ao depoimento de Tacla Duran estão sendo devidamente reportados pela imprensa burguesa.

Após depoimento prestado, há apenas uma matéria no jornal o Globo, noticiando somente que o “O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski encaminhou para manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) informações prestadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba referentes ao depoimento do advogado Tacla Duran.

E só! Absolutamente nada sobre o conteúdo do depoimento de Tacla Duran e as extorsões praticadas no âmbito da Lava Jato.

Nenhum editorial, nada.

Por outro lado, o jornal golpista (assim como o restante da imprensa burguesa) segue a atacar Lula, e a elevar a figura de Moro.

No dia seguinte às revelações de Tacla Duran, editorial do Globo (no lugar de realizar um verdadeiro jornalismo) tenta desmoralizar o trabalho investigativo da imprensa de esquerda, em especial deste Diário e do Brasil 247. No editorial é afirmado que “A imprensa petista faz malabarismo para explicar a fala irresponsável de Lula”.

Errado, quem faz malabarismo é a imprensa burguesa, ao tentar esconder os crimes de Sergio Moro, Deltan Dellagnol e da Operação Lava Jato.

A Folha de São Paulo, por sua vez, aproveita para utilizar a figura de Paulo Coelho, um escritor prestigiado, para tentar desgastar a imagem do governo Lula perante a classe média.

Afinal, o que está acontecendo?

Após tanto tempo tentando se passar por antibolsonarista, por que razão todo o conjunto da imprensa burguesa agora embarcou na campanha de ressuscitar a figura desprezível de Sergio Moro, pessoa que foi ministro da justiça do governo Bolsonaro, que apoiou Bolsonaro nas eleições, ou seja, um bolsonarista?

A imprensa golpista estaria se movimentando para tentar levantar a imagem da direita? Estaria tentando criar uma alternativa ao Bolsonaro, que fosse forte o suficiente para se opor ao governo do PT?

E mais, por que tudo ocorreu tão de repente? Será que eles tiveram que apressar a operação porque Lula atacou frontalmente o Moro? É possível.

Outro fato importante a se notar é que no relatório da Polícia Federal, divulgado no âmbito da Operação Sequaz, entre as supostas provas obtidas que comprovariam o plano do PCC, estaria uma ligação da organização com o The Intercept, jornal que angariou e publicou as conversas de Moro, conversas estas que desmoralizaram a já então desmoralizada Operação Lava Jato. O que significaria isto exatamente? Um sinal de uma possível investida contra o jornal? Ainda não se sabe.

De qualquer forma, algo de sinistro está acontecendo, e toda a esquerda precisa ficar em alerta, principalmente em relação à polícia federal. O governo Lula está completamente desguarnecido nesse flanco, haja vista que este órgão possui relações estreitas com imperialismo, tendo sido um dos pivôs do Golpe de 2016 e da prisão do presidente. E, com certeza, terá um papel de destaque em movimentações golpistas vindouras.

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