A direção do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-Ba), vinculado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), anunciou que os trabalhadores da Halliburton, empresa multinacional dos EUA que presta serviços à indústria de exploração e produção de petróleo no Brasil (dentre muitos outros países), decidiram em assembleia rejeitar a contraproposta do novo Acordo Coletivo de Trabalho 2023/2025 (ACT).
A empresa que fatura os tubos, às custas da Petrobrás e do petróleo brasileiro, por conta de contratos milionários estabelecidos nos governos golpistas que favoreçam enormemente os tubarões do setor, às custas dos petroleiros e de todo o povo brasileiro, apresentou uma proposta inferior ao que foi estabelecido em outras empresas do setor, Da proposta da Halliburton consta:
- Percentual de 4,18%, incidente sobre os salários vigentes em 30 de abril de 2023
- Ticket-alimentação, no valor de R$ 833,44
- Ticket-refeição diário, no valor de R$ 47,00
- Auxílio-creche no valor de R$ 575,07
- Auxílio-material escolar, no valor de R$ 343,79
Ela foi rejeitada por ampla maioria oferecida na assembleia realizada na última terça (5) na cidade de Catu.
Os trabalhadores reivindicam, entre outros itens:
- Reposição da Inflação+ ganho real e bônus operacional em 15%.
- Piso salarial de R$ 6.676,11 (ICV- Dieese)
- Ticket-alimentação de R$ 1.000,00
- R$ 95,45 com valor fixo mensal de R$ 2.100,00 por 22 dias úteis
- Auxílio-creche de R$ 635,00
- Licença paternidade de 20 dias
Os sindicalistas da FUP e do Sindipetro-Ba anunciaram que “vão acompanhar os trâmites para a nova rodada de negociação e esperam que a Halliburton atenda aos pedidos dos trabalhadores e adeque-se aos parâmetros necessários para a manutenção dos direitos dos seus funcionários“.
Em toda a categoria petroleira é crescente uma tendência de mobilização, tanto na Petrobras como nas empresas privadas, após anos de intenso arrocho salarial e da política de intensificação da privatização da Petrobras e de favorecimento dos especuladores que detém a maioria de suas ações e das empresas que prestam serviços no setor.
Mais do que nunca é preciso intensificar a organização e a mobilização da combativa categoria petroleira, inclusive, na luta – que deve ser da CUT, dos sindicatos e de todos os trabalhadores – para o governo Lula explorar 100% do petróleo da Margem Equatorial, nacionalize a produção e reestatize a Petrobrás.
Nessa direção, os trabalhadores da Halliburton deram um passo importante, pois, além de recusar a proposta miserável da empresa, aprovaram a proposta de filiação coletiva ao Sindipetro-Ba, fortalecendo a organização dos trabalhadores, o que é decisivo no enfrentamento com os patrões.