Eleições não são adiantadas

Peru continua mergulhado na repressão brutal da ditadura golpista

Por enquanto, o ano das eleições continua sendo 2026.

  • Rádio Havana Cuba

Peru continua sendo manchete nos meios de informação. Outra vez, milhares de pessoas saíram às ruas no fim da semana passada, em Lima, para protestar pacificamente e foram atacadas de novo pela polícia, que deu pancada a torto e a direito e jogou gases lacrimogêneos.

O protesto foi convocado por organizações camponesas, civis, estudantis de Lima e de outras regiões do país para exigir a demissão da presidente Dina Boluarte, o fechamento do Congresso, eleições antecipadas e convocação para uma assembleia constituinte.

Continuam ativas umas 80 obstruções de estradas, principalmente em áreas do sul do país, onde ocorreram os protestos mais intensos desde dezembro do ano passado.

Porém, as demandas da população não obtiveram resposta. O governo, diante do mais recente protesto, mandou prorrogar o estado de emergência estendendo-o a sete regiões do território nacional.

O Congresso, que conta com apenas 7% de aprovação, não conseguiu chegar a um acordo sobre a antecipação das eleições. Cada bancada quer impor sua própria versão em função de seus interesses políticos.

Como se não bastasse, a possibilidade de uma assembleia constituinte se tornou pomo de discórdia. A opção escolhida foi bloquear o debate até o próximo mês de agosto fechando, assim, uma via que pudesse abrir o caminho para o fim da crise política e social reinante no país.

A ação foi adotada depois de a comissão de constituição parlamentar ter rejeitado debater uma proposta de Boluarte sobre eleições presidenciais e legislativas em outubro deste ano sob o pretexto de que já tinha sido tratada em vários debates.

Por enquanto, o ano das eleições continua sendo 2026.

Uma alternativa seria a demissão de Boluarte, que foi proclamada presidente depois da destituição ilegal e detenção em 7 de dezembro passado de Pedro Castillo, eleito presidente democraticamente nas urnas pelos peruanos.

Se isto acontecesse, de acordo com a Constituição, assumiria a direção do país o presidente do Congresso, José Williams, e poderia convocar eleições gerais imediatamente.

Todavia, apesar dos fortes protestos nas ruas, Boluarte teima em não renunciar e afirmou que a antecipação das eleições está nas mãos do órgão legislativo.

Enquanto isso, os peruanos continuam nas ruas e são reprimidos pela polícia, que não hesita em agredi-los. A violência deixou até agora perto de 70 mortos e inúmeros feridos.

* A matéria não expressa necessariamente a opinião desse jornal

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