Oriente Médio

Pela libertação de todos os prisioneiros palestinos!

Hamas se recusa a fazer qualquer acordo com "Israel" que não envolva a devolução de seus irmãos encarcerados

Em declaração feita no dia 20 de dezembro, Abu Obeida, porta-voz das Brigadas al-Qassam, braço armado do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), explicou porque o partido islâmico não pretendia firmar um acordo de “cessar-fogo”. Segundo ele, a trégua de sete dias, estabelecida entre “Israel” e Hamas no final de novembro, teria provado sua “sinceridade” e a “precisão” de suas declarações. Isto é, o Hamas teria demonstrado que têm palavra, que estão dispostos a cumprir quaisquer acordos honestos que tenham como objetivo a libertação de seu povo.

Por outro lado, para Obeida, a trégua também revelou as más intenções de “Israel”. Segundo ele, “a liderança inimiga mentiu […] Os repetidos anúncios jactanciosos do inimigo sobre eliminar a resistência em Gaza visam satisfazer os desejos extremistas e são uma manifestação de suas ações malignas”.

Confirmando o que disse o porta-voz das Brigadas al-Qassam, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou recentemente que não irá parar os bombardeios: 

“Continuaremos a guerra até o fim. Ela continuará até a eliminação do Hamas, até a vitória. Aqueles que acham que vamos parar vivem desconectados da realidade.”

Pouco importa para Netanyahu, portanto, a vida dos prisioneiros israelenses que estão sob controle do Hamas. E de fato é assim: recentemente, três prisioneiros que portavam bandeiras brancas, símbolo internacional de rendição, foram executados pelo próprio exército israelense. Pouco importa também as vítimas civis palestinas – as principais vítimas do conflito, uma vez que as covardes forças sionistas não estão conseguindo combater os militantes do Hamas nas frentes de batalha, restando bombardear as cidades e campos de refugiados, onde está a população civil.

Há pouco mais de um mês, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, foi criticado pelas entidades sionistas por dizer que “Israel” tinha como alvo prioritário mulheres e crianças. A declaração de Lula se baseava em dados: cerca de 70% das fatalidades dos bombardeios israelenses são crianças e mulheres. No entanto, hoje sabemos que a questão vai além: de fato, o assassinato dos setores mais vulneráveis da sociedade palestina é uma política deliberada de “Israel”.

O assassinato de civis, majoritariamente mulheres e crianças, é o que “Israel” decidiu fazer para tentar esconder o seu fracasso militar. Não é mero “efeito colateral”: na medida em que suas forças armadas estão fracassando miseravelmente na luta homem a homem contra o Hamas, restou aos sionistas promover uma carnificina contra os civis como forma de tentar se mostrar poderoso.

Essa imagem que “Israel” projetou de si próprio, no entanto, é cada vez mais contestada. “O exército das Forças de Defesa de Israel está ocupado procurando uma imagem de vitória e conquista, mas está falhando”, disse Abu Obeida em outro discurso, desta vez feito em 21 de dezembro.

Após fazer esse balanço, segundo o qual “Israel” descumpriu suas promessas e, ao mesmo tempo, está cada vez mais enfraquecido, Abu Obeida chega à conclusão de que o Hamas não deveria fazer novos acordos com o Estado sionista. Afinal, um cessar-fogo permitiria apenas que o inimigo debilitado se reorganizasse, ao mesmo tempo em que aumentaria a pressão para que o Hamas libertasse seus prisioneiros.

Acontecesse que o objetivo do Hamas não é, nem nunca foi, conseguir uma trégua de poucos dias com o Estado de “Israel”. O que os militantes islâmicos querem é o fim da perseguição sionista ao seu povo, o que só será possível, efetivamente, com o fim de “Israel”. De imediato, o que o Hamas pretende e avalia ser possível diante da correlação de forças atual, é o fim definitivo dos bombardeios e a libertação de todos os prisioneiros palestinos, cujo total ultrapassa a cifra dos 10 mil.

“Os prisioneiros inimigos não foram e não serão libertos, exceto através de uma troca”, disse Abu Obeida no discurso de 20 de dezembro. Seguindo a mesma política, o porta-voz das Brigadas al-Qassam declarou, no dia seguinte:

“A continuação da agressão não permite a libertação de prisioneiros. Se o inimigo quer seus prisioneiros vivos, eles não têm escolha a não ser interromper a agressão.”

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.