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2, 3, 4 e 5 de dezembro

PCO prepara seu XII Congresso Nacional com grandes novidades

Mesmo quem não é filiado ou socialista será convidado a debater a conjuntura nacional e internacional na Tribuna de discussão

O Partido da Causa Operária (PCO) começou a organizar o XII Congresso nacional, previsto para acontecer entre os dias 2 e 5 de dezembro. Tendo como foco a luta contra o imperialismo, por liberdades democráticas e pelo socialismo, o Partido prevê também o lançamento da Tribuna de discussão, órgão que orientará os debates do Congresso.

A publicação contará com cinco artigos assinados, sendo uma nova por semana. Nela, os companheiros serão estimulados a escrever suas teses e com isso, traçar um panorama da conjuntura marcado por aqueles que efetiva e ativamente participam dela. Para tornar o debate mais amplo e enriquecedor, o espaço da Tribuna de discussão também estará aberto a matérias escritas por não-filiados, que poderão inclusive defender teses contrárias às posições do PCO, desde que discuta política e mantenha o nível no patamar dos debates entre pessoas civilizadas, naturalmente. Tudo para estimular um grande debate dos problemas políticos do País e do mundo.

Apesar de ainda estarmos nos encaminhando para o último trimestre de 2023, temas para debater não faltam. No cenário internacional, a crise do imperialismo ganhou novos contornos com a grande onda de libertações na região africana do Sahel.

A agitação nas antigas colônias francesas estão longe de esgotadas e as potências imperialistas, a um só tempo, demonstram grande interesse em esmagar os governos rebeldes e também, evidenciam a própria debilidade. Até o último dia 20, aventuras diretas nos países estavam descartadas e mesmo a intervenção militar dos países ainda submetidos mostrava-se uma tarefa muito difícil, apesar de ter sido cogitada com ampla publicidade logo após o levante do Níger.

A convulsão revolucionária da África é acompanhada por outro importante sintoma da crise imperialista, explicitada no retumbante fracasso da tão propalada contra-ofensiva ucraniana na guerra entre Rússia e OTAN que se desenrola no país. Também na China, a campanha de cerco ao gigante asiático enfrenta grandes problemas. Segundo importantes articuladores do imperialismo, tais como o diretor da CIA, William Joseph Burns, mesmo em meio à ofensiva russa, a China continua sendo o grande alvo da ditadura dos países desenvolvidos, que buscam desestabilizar as fronteiras do país.

Em Mianmar, país governado por uma junta militar alinhada com a China desde 2021, as tentativas de derrubar o regime nacionalista e retomar um governo submisso ao imperialismo fracassam, mas ainda impedem o regime de realizar novas eleições, deixando claro que a situação continua em aberto, embora mais favorável aos chineses do que aos agressores. Finalmente, as aproximações da nação asiática com os países do Sahel e os insurgentes da América Latina fortalece as defesas chinesas e enfraquece a ofensiva imperialista.

Seria um engano, no entanto, pensar que os setores mais poderosos da burguesia dos países desenvolvidos não irão reagir. Naturalmente, o Brasil, a mais desenvolvida entre as nações atrasadas, é parte fundamental da intrincada luta de classes que se desenvolve no mundo.

A despeito de algumas confusões típicas do nacionalismo burguês, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se mostrado um problema grave para o imperialismo. Ao contrário dos demais países dos BRICS, governados por elementos bastante direitistas, mesmo os mais ousados propagandistas do imperialismo não se arriscam a colocar o petista como um “oligarca” ou algo do gênero. Lula dispõe ainda de grande autoridade entre a classe trabalhadora dos países desenvolvidos, tornando ataques frontais ao brasileiro uma missão complexa.

Graças a isso, as posições de Lula acerca da guerra no Leste europeu ou dos governos nacionalistas da América Latina terminam por pressionar o imperialismo, de uma maneira que nenhum outro líder do BRICS consegue. Aliado a isso, o presidente brasileiro deixou claro que irá intervir nas eleições argentinas, onde o neoliberal feroz Javier Milei promete dolarizar o país vizinho e conduzir a segunda força da América do Sul a uma quase “colônia” dos EUA.

Para ser consequente com os enfrentamentos que tem desenvolvido no cenário externo, no entanto, Lula precisa dar um fim à crise interna vivida pelo Brasil, o que, por sua vez, tem se revelado uma tarefa hercúlea. O governo federal não consegue dar uma solução à crise econômica que se arrasta desde a década passada. Sabotadores como o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem se certificado de que o petista não consiga levar adiante uma política desenvolvimentista, capaz de fazer a economia crescer, gerando mais empregos e melhores salários. Acompanhando o impasse econômico, a crise política continua presente.

A chantagem da “mulher negra” no Supremo Tribunal Federal (STF) e outras fontes de pressão contra o Palácio do Planalto, aliadas a uma paralisia das principais organizações da esquerda brasileira, evidenciam a debilidade do campo. Sinal claro dessa debilidade, a CPI do MST aproxima-se do fim e a esquerda nacional demonstrou grande dificuldade para enfrentar essa grave ameaça às forças populares. Ao mesmo tempo, os sintomas da crise mundial reverberam também no País sob a forma de um acentuado deslocamento à direita, representado por graves ameaças às liberdades democráticas fundamentais, especialmente a liberdade de expressão e de associação, essenciais a qualquer regime minimamente democrático.

O que a conjuntura guarda, os desafios que a atual etapa de crise reserva e a política para enfrentá-los deve ser debatida por todos os interessados no tema, e o XII Congresso do PCO será a tribuna para isso. Por isso, a militância deve desde já se preparar para este importante evento, voltado a discutir o atual estágio da luta de classes, assim como as táticas para intervir nos acontecimentos e empurrá-los para o mais próximo possível de um desfecho que atenda aos trabalhadores. Todos ao XII Congresso!

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