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Reportagem Rádio Cultura

PCO na Rádio Cultura: fatos do ponto de vista dos trabalhadores

A reportagem da rádio cultura da Causa Operária, tratou de temas caríssimos a política brasileira e internacional como a eleição no Senado e a Guerra da Ucrânia.


Na Reportagem Rádio Cultura do dia 03/02/2023 foram comentados vários temas da atualidade por comentaristas políticos do Partido da Causa Operária em 3 blocos.

No primeiro bloco foi comentado a notícia de que o presidente Lula negou o envio de munição de tanques de guerra para a Ucrânia a pedido da Alemanha e deu uma conferência de imprensa depois, opinando sobre questões internacionais, dizendo que o Brasil não vai incentivar nenhum tipo de guerra.

Os comentaristas militantes do PCO comentaram que a postura do Lula foi muito positiva na sua luta internacional pela integração econômica da américa latina, pois, isso foi contra os interesses da Alemanha e EUA, que gostariam que o Brasil estivesse do lado da Ucrânia contra a Rússia. Ressaltam o caráter político da Guerra da Ucrânia como uma “guerra por procuração” realizada pela OTAN contra a Rússia, pois, a primeira contribuiu com o envio de tanques e armas de fogo pesadas para a Ucrânia. A guerra contra a Rússia é uma guerra por procuração do imperialismo e da OTAN, vários países da OTAN enviaram armas e tanques. A Alemanha, por exemplo, forneceu 14 tanques Leopard 2 bem fortes para essa guerra.

A decisão política do presidente Lula neste caso é sábia pois deixou claro que não vai seguir as decisões do imperialismo norte-americano, ele não tomou partido na guerra da Ucrânia.

Essa posição do Lula na prática acaba sendo pró Rússia e Lula diz que um dos motivos da guerra contra a Ucrânia ter acontecido foi que a OTAN instalou bases na fronteira da Rússia e utilizou a Ucrânia para atacar a Rússia. Este foi o mesmo argumento utilizado pela Rússia que é o correto seguindo o Direito Internacional Público.

A segunda notícia comentada foi que a associação da Auditoria Cidadã da Dívida no Paraná comentou a divulgação do Tesouro Nacional do resultado da dívida pública em 2022, e denunciou uma deturpação da imprensa de que noticiaram uma dívida pública menor do que realmente é, a imprensa e o tesouro nacional dizem que a dívida pública chegou a 6 trilhões de reais sendo que a auditoria disse que estão omitindo 2 trilhões de reais e que a divida publica ultrapassaria os 8 trilhões de reais.

Os comentaristas disseram que a dívida publica hoje, mais do que qualquer outra época, é importantíssima para todas as políticas sociais e de infraestrutura, quanto maior a dívida pública menor o investimento em políticas públicas e de infraestrutura para o nosso desenvolvimento nacional. O senso comum propagado pela imprensa burguesa pensa que a dívida pública seria o resultado de um empréstimo do governo para o pagamento de algo recorrente na administração pública, isso é uma falácia, pois a dívida pública no governo do ex-presidente FHC foi construída para deixar os governos brasileiros reféns da armadilha neoliberal econômico-financeira em que os cidadãos brasileiros se matam de pagar impostos o ano todo para que isso seja revertido em juros de títulos da dívida nos quais os principais donos são os banqueiros internacionais e aplicadores dos títulos de divida pública. Assim, toda vez que os juros da taxa Selic do Banco Central aumentam, a renumeração desses títulos aumenta e os capitalistas ganham muito dinheiro. Só que quem paga os títulos públicos e juros absurdos é o povo brasileiro, pois o orçamento público que deveria ser direcionado para o pagamento das políticas públicas e de infraestrutura, é canalizado para o pagamento de juros dos portadores de títulos públicos que são especuladores financeiros agiotas internacionais daqui e de fora do pais, sempre que se aumentam os juros,  o valor da dívida pública explode, a dívida pública no início do plano real era de 60 bilhões de reais hoje  ultrapassa 8,1 trilhões de reais, é muito maior do que o nosso PIB, não tem mais espaço para o governo deixar de investir, impede a realização de concursos públicos e de investimentos em educação e saúde.

A próxima notícia comentada foi que a Ministra do Planejamento Simone Tebet disse que o governo precisa de fazer um pente fino no auxílio Brasil, a ideia seria enxugar o auxílio Brasil e excluir 2 milhões de pessoas que segundo a Simone Tebet e o Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, o petista Wellington Dias,   estariam em situação irregular e isso garantiria, segundo ela, justiça social, pois, se enxugaria a máquina pública, pois, se teriam pessoas que não estariam precisando do auxílio.

Os comentaristas ressaltam a posição política dessa ministra que é uma neoliberal deixa claro a sua posição de que o orçamento público é para pagar os banqueiros e não os mais pobres, ela quer diminuir a quantidade de pessoas que recebem o auxílio. É uma política neoliberal, ela quer cortar gastos também com a desculpa de que faz isso para poder aumentar o salário mínimo. Os comentaristas relembraram que a Simone Tebet votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff em 2016, assim como outros sete ministros de Lula também. Alckimin e Márcio França, ministro dos esportes, apoiaram o golpe de estado. A Tebet mostra para que servem esses ministros que foram postos para sabotar o governo Lula que tem um caráter progressista e pró-trabalhador.

Outra notícia comentada foi a do jornal Poder 360 que fez uma pesquisa dizendo que 58 por cento dos brasileiros apoiam atos bolsonaristas de invasão do Congresso Nacional, embora a pesquisa retrate que eles não apoiam necessariamente a degradação das instalações dos órgãos dos três poderes. Isso é um recado muito forte para o governo Lula de que o país está dividido e mostra que o Lula precisa de uma politica para unificar os trabalhadores desse setor. Os comentaristas ressaltam que a maioria da população defende o direito a livre-manifestação, e a esquerda afasta essa parcela da população ao apoiar a perseguição aos manifestantes realizadas pelo STF balizando essa instituição.

O Último bloco, comentou a maior greve na educação que está ocorrendo no Reino Unido nos últimos 11 anos e esse país que foi apontado como o único dos grandes países do mundo que vai entrar em recessão em 2023 e que está vivendo greves de diversos setores, trabalhadores das docas e ferroviários, agora se tem uma greve nacional da educação que vai durar semanas e é a maior greve da década.

Os comentaristas disseram que centenas de milhares de pessoas foram as ruas e várias categorias estão paradas, o corpo de bombeiros que estavam mais de 20 anos sem fazer greve, dessa vez, fizeram uma gigantesca paralisação com mais de 78% de aprovação da categoria. A imprensa tenta esconder essa paralisação porque é uma situação bem crítica, o Reino Unido tem uma inflação 10,5 %, as pessoas estão sofrendo com o aumento de aluguel e de salários baixos. A reivindicação principal é a do aumento de salário e da  redução da inflação que está muito alta.

A situação é muito crítica, o PIB deste ano vai crescer 0,1 % no Reino Unido, que é muito pouco, essa situação tem a ver com a guerra da Ucrânia que aumentou o preço dos combustíveis e a inflação dos países da Europa e do Reino Unido. Essa crise se aprofundou com a operação da guerra de procuração da OTAN contra a Rússia na Ucrânia. As sanções econômicas contra a Rússia ajudaram a provocar essa crise energética

Outra noticia foi a eleição dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, a eleição foi muito apertada para os dois lados, 49 votos do Rodrigo Pacheco contra 32 votos do Rogério Marinho. Isso indica que os Bolsonaristas ganharam muita força no Senado, o Rogerio Marinho chegou perto do Rodrigo Pacheco, o poder de articulação do bolsonarismo que conseguiu poder de barganha em várias CPIS mostrou que conseguem “influenciar” vários parlamentares inclusive da chamada direita democrática, como por exemplo, 3 senadores do PSDB que votaram no Rogério Marinho no candidato do Bolsonaro. Inclusive, tiveram partidos da base governista partidos como União Brasil, PSD e MDB que votaram no Rogério Marinho e não pelo governo.

Então a imprensa diz que foi uma vitória do Lula, porém, os próprios analistas comentam que Rodrigo Pacheco não é exatamente o  candidato do Lula pois o Lula só o apoiou pois não tinha força política para apoiar nenhum candidato seu no Senado, parte da base governista votou no candidato do Bolsonaro e o Bolsonaro influenciou de fora do país esta eleição. O PSDB se mostra cada vez mais bolsonarista votando no candidato do Bolsonaro. O jornal O Globo considerou positivo o Lula ter uma oposição aguerrida ao seu governo, ou seja, aplaudiu o fato de ter uma oposição aguerrida ao Lula no Senado, ou seja são a favor da oposição bolsonarista ao governo lula.

Por isso, a única oposição possível ao bolsonarismo no congresso é por meio das manifestações populares.

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