A já tradicional Análise da 3ª, programa que vai ao ar todas as terças-feiras na Rádio Causa Operária, agora está com uma novidade. Durante o programa, apresentado pelos companheiros Francisco Muniz e João Caproni Pimenta, haverá sempre um bloco de perguntas feitas exclusivamente pelos militantes do Partido da Causa Operária (PCO). Essas perguntas surgirão das reuniões internas do Partido, que discutem semanalmente a situação política.
As primeiras perguntas de militantes já vieram na edição de ontem (29) do programa, que teve como tema central “A esquerda e os BRICS”.
Antes de chegar no tema, no entanto, o companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, discutiu as recentes críticas feitas ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Zanin foi o primeiro indicado por Lula em seu novo mandato e está sendo atacado pela imprensa capitalista e por setores da esquerda nacional por ter votado contra a maioria da Corte.
Para Rui Pimenta, os votos de Zanin lhe pareceram “técnicos”, ainda que o presidente do PCO não tenha analisado em detalhe cada sessão. A questão e fundo, no entanto, não é o mérito das votações: segundo Rui, há uma campanha contra o ministro porque ele está se negando a votar em conjunto com os seus pares. Isso implicaria que Zanin pode se opor, futuramente, a endossar as grandes operações do imperialismo, que transformou o STF em um verdadeiro partido político.
Outro tema comentado por Rui Costa Pimenta foi a Medida Provisória editada por Lula instituindo a taxação sobre fundos exclusivos. O presidente do PCO considera a proposta positiva, uma vez que a maior parte da arrecadação tributária está sobre as costas da população pobre. No entanto, ele considera que parece se tratar de uma medida isolada e relativamente “inócua, pois dificilmente o Congresso aprovará o que o presidente propôs. Para Rui Pimenta, seria necessário fazer uma verdadeira campanha política em torno do problema dos impostos.
A primeira pergunta do bloco dos militantes questionava se o Banco Itaú poderia ser considerada uma “burguesia nacional”. Segundo Rui Pimenta, sim, uma vez que o seu capital é residente no Brasil. A ressalva, no entanto, é de que se trata de uma burguesia intimamente associada com o capital imperialista. “É um tipo de burguesia que existe em todos os países atrasados”, disse. Para o presidente do PCO, embora ela tenha contradições com o capital estrangeiro, ela sempre vai achar mais vantajoso um acordo com o imperialismo que uma luta contra as grandes potências.
Saiba quais foram todas as perguntas respondidas por Rui Pimenta assistindo o programa Análise de 3ª na íntegra! O programa está disponível no canal da Rádio Causa Operária: