O regime do “apartheid” na África do Sul é condenado de forma unânime no mundo inteiro. A segregação racial como política oficial de Estado é realmente uma coisa chocante. O que é estranho é que o “apartheid” estabelecido na Palestina recebe uma blindagem quase impenetrável na imprensa burguesa. Nesse contexto, o PCO se destaca como o partido político que mais denuncia os abusos da ocupação militar israelense contra a população local.
Enquanto setores da esquerda defendem meio que envergonhadamente e de maneira genérica a luta do povo palestino, o PCO não faz rodeios e apoia abertamente os setores ativos dessa luta. E, no caso mais recente, estamos falando do Hamas. Grupo com ideologia religiosa, obviamente atrasada do ponto de vista dos costumes, mas que é quem está na linha de frente contra um Estado racista, que promove um genocídio há décadas contra a população que já vivia na Palestina antes da massiva migração que precedeu a criação de Israel.
Um estado artificial criado sobre a base da exploração emocional do genocídio realizado pelo nazismo contra os judeus, como se o povo palestino tivesse alguma culpa do que aconteceu na Alemanha nazista. O PCO denuncia, sem qualquer hesitação, que o regime imposto pelos israelenses na Palestina não fica devendo em brutalidade aos próprios nazistas. Com um agravante muito importante, o prazo estendido desse inferno para o povo palestino. Enquanto a Alemanha nazista durou cerca de 12 anos, a ocupação israelense já dura muitas décadas. Esse tipo de denúncia fez com que o partido se tornasse inclusive réu em processo judicial, como se coubesse a um juiz determinar que análise política pode ou não ser feita.
Essa blindagem aos crimes bárbaros de Israel é financiada massivamente pelo imperialismo, que tem ali uma importante base para suas operações no Oriente Médio. O PCO vem denunciando o envolvimento de Israel em ações militares contra seus vizinhos, como a Síria, que enfrenta uma guerra civil fomentada e financiada pelo imperialismo. Toda a máquina de propaganda que procura apresentar Israel como um Estado progressista depende de um gigantesco esforço para driblar suas ações dentro e fora da Palestina.
O sofrimento imposto aos palestinos, em sua maioria árabes, é motivo de comoção internacional, especialmente entre os outros povos árabes. Na Copa do Mundo do Qatar em 2022, este Diário destacou as manifestações populares de apoio à resistência palestina. Os jogadores do Marrocos, que fizeram uma campanha histórica no ano passado, comemoraram importantes vitórias com a bandeira palestina. Uma canção da torcida do time Raja Casablanca (rajawi filistini) em homenagem aos palestinos e à Palestina foi entoada pela torcida marroquina. Como o PCO dá atenção especial à importância do futebol como atividade da cultura popular, essa movimentação que se opõe diretamente à ocupação israelense foi destacada durante a Copa.
Mesmo sofrendo dura perseguição por conta das denúncias contra o Estado genocida de Israel, o partido não se dobra e nem ameniza o tom das críticas. O que acontece na Palestina é uma vergonha para a humanidade e quem passa pano para décadas de abusos contra sua população é igualmente criminoso. Como afirmado na última análise semanal do partido, o PCO está 1000% com o Hamas. Sem poréns e sem conversa fiada. Como foi diante da derrota da ocupação norte-americana no Afeganistão graças à ação decidida do Talibã. Se quem está combatendo de armas na mão uma brutal ocupação estrangeira é um grupo religioso, estamos ao seu lado e apoiamos os importantes serviços que prestam à humanidade.