Uma das primeiras e mais importantes medidas tomadas por Lula assim que assumiu foi a revogação de todas as privatizações que estavam em andamento no País. O presidente determinou aos novos ministros que fossem tomadas providências imediatas para os atos das privatizações de um total de oito estatais brasileiras. No entanto, como já era de se esperar, a burguesia nacional vem se mostrando abertamente insatisfeita com esta política e pressiona o governo para mudar de posição.
É o caso da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), onde o presidente da entidade, Flávio Roscoe, se posicionou afirmando que “As privatizações são uma agenda muito relevante para o país e para o setor produtivo. É com muita preocupação o retrocesso nessa área.” Na prática, o que Roscoe deseja é a continuação da política econômica do regime golpista, que entregou ao imperialismo as principais empresas nacionais. Petrobrás, Elotrobrás e muitas outras foram entregues à iniciativa privada durante o governo do golpe. No entanto, Lula foi eleito justamente para lutar contra a isso.
A pressão patronal de Minas Gerais é uma defesa do regime golpista e dos interesses do imperialismo no País. Lula precisa levar adiante de forma ainda mais contundente sua política contra as privatizações e mais, deve defender a nacionalização das empresas entregues. Esta é a única maneira de desenvolver a economia nacional e garantir uma maior independência contra o imperialismo, tanto política quanto economicamente.