Nessa segunda-feira (10), Sâmia Bomfim e Guilherme Boulos, ambos deputados federais pelo PSOL, anunciaram em suas contas nas redes sociais que sua bancada acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Conselho de Ética da Câmara após Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comparar professores a traficantes.
“Representei contra Eduardo Bolsonaro na Procuradoria Geral da República, por crimes com danos coletivos aos professores brasileiros. Junto com a bancada do PSOL, também acionei o Conselho de Ética da Câmara contra esse fascista. Não pode ficar impune!”, escreveu Bomfim.
“URGENTE! Vamos entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Eduardo Bolsonaro. Esse insulto a todos os professores brasileiros não pode ficar impune!”, disse Boulos.
O caso demonstra que a esquerda filo-imperialista está completamente alinhada com a política da burguesia de impor uma censura cada vez maior à população. Decerto que a fala de Eduardo Bolsonaro é escatológica, mas isso não significa que ele não deva ter o direito de emiti-la.
Apesar disso, esses setores querem não só calar o deputado bolsonarista como cassar o seu mandato, algo que representaria um aprofundamento do regime ditatorial no País.
Sâmia Bomfim é uma política brasileira filiada ao PSOL, eleita deputada federal por São Paulo em 2018 e reeleita em 2022. Guilherme Boulos foi eleito deputado federal por São Paulo nas eleições de 2022 também pelo PSOL.
Eduardo Bolsonaro é um dos mais controversos parlamentares do Congresso Nacional. Filho do presidente da República, eleito com uma grande votação em 2018, tem se destacado por suas declarações polêmicas e por sua atuação atacando o governo.