Nesta segunda-feira (24), o Parlamento de Israel aprovou uma lei que retira da Suprema Corte o poder de bloquear decisões do governo. Essa é a primeira parte de uma reforma mais ampla do Judiciário no país, algo que já gerou uma onda de protestos de rua que, ao que tudo indica, foram financiados pelo imperialismo.
O projeto foi aprovado por 64 votos a 0 porque, ao mesmo tempo que a coalização governista votou a favor da lei, todos os legisladores da oposição saíram do parlamento israelense, o Knesset, no momento da votação.
Enquanto isso, uma multidão se reuniu do lado de fora do parlamento, tentando bloquear o acesso ao prédio. De acordo com a Polícia de Israel, ao menos 19 foram presos antes da votação.
A aprovação desse projeto representa uma derrota ao imperialismo, que faz de tudo para tentar barrar a reforma do Judiciário israelense.
À medida que Netanyahu adota posições mais nacionalistas, entrando em contradição com os interesses imperialistas, a Suprema Corte seria uma das únicas formas das grandes potências frearem essas tendências.
Em outras palavras, os ministros do órgão judiciário podem atuar diretamente contra as decisões do governo em prol dos interesses do imperialismo.