O ativista e pai de Julian Assange, John Shipton, estará presente em São Paulo no dia 28 de agosto para divulgar o filme “ITHAKA: A Luta de Assange”, que foi dirigido por Ben Lawrence. A sua visão singular, tanto como pai quanto como defensor de Julian Assange, acrescenta uma dimensão pessoal e emocional à narrativa que aborda a notável luta legal e política que tem capturado a atenção global.
Shipton participará de um debate no dia 28/08, às 19h30, no Cine Petra Belas Artes, com a jornalista Natália Viana (diretora da Agência Pública) e o especialista em segurança da informação Rodolfo Avelino.
O filme “ITHAKA: A Luta de Assange”, que terá sua estreia exclusiva nos cinemas em 31 de agosto, coloca em foco o ativista australiano Julian Assange, uma das figuras mais proeminentes como prisioneiro político na atualidade. O documentário narra a jornada de John Shipton, seu pai, na incansável busca por proteger e resgatar seu filho.
Desde 2019, Julian Assange encontra-se detido por ordem do imperialismo. Ele se configura como um prisioneiro político nas mãos do imperialismo norte-americano. Em 2006, o jornalista criou o site WikiLeaks, a partir do qual passou a divulgar documentos secretos dos aparatos de inteligência, com destaque para os Estados Unidos. Estes revelaram crimes de guerra, maquinações para golpes de Estado, atos de tortura e registros que desvendaram os bastidores das incursões em nações como Afeganistão e Iraque.
Assumindo o papel inerente ao jornalismo, Julian Assange cumpriu sua nobre missão de expor a verdade ao público. Contudo, para o aparato imperialista, que atualmente se dedica a combater as chamadas “fake news”, a verdade é ironicamente vista como um delito político.
Desde então, Assange tem enfrentado implacável perseguição. Por certo período, conseguiu evitar a prisão ao se refugiar na embaixada equatoriana em Londres. No entanto, após um golpe de Estado no país sul-americano, perdeu sua proteção e caiu sob custódia da polícia britânica, que, agindo sob instruções do governo dos Estados Unidos, o mantém detido e considera sua possível extradição para solo americano, onde ele poderia passar o resto de sua vida atrás das grades.
Assange emerge como um dos mais emblemáticos símbolos internacionais da repressão política imposta pelo imperialismo sobre aqueles que expõem seus próprios crimes. A atividade que ocorre hoje (28) é importante para o avanço desta campanha em defesa de Julian Assange e contra a ditadura imperialista global.