Afilhada de Lemann, Tabata Amaral (PSB-SP), utilizou o Estadão (25) para atender o homem que quebrou a Americanas e comprou a Eletrobrás, e dizer que está ‘angustiada’ diante do governo Lula. Na realidade, todos os medos de Tabata devem-se à política contrária ao imperialismo e à banca internacional. Por isso, a afilhada de Lemann se colocou: “Vai caber a mim ser a chata”.
Em linhas gerais, a mascote da ditadura global, apesar de integrante da “base de apoio” do governo, preferiu abrir chumbo contra Lula, na linha do que a “terceira via” pretendia fazer, ou seja, uma espécie de governo FHC, porém liderado pelo PT. O Estadão, como veículo de desestabilização, atacou questões-chave da política imperialista contra Lula: recepção de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela; cargos e emendas parlamentares; combate a corrupção entre outros.
O que Tábata não diz sobre a corrupção: jogada casada entre Americanas e Eletrobras (Eletrogolpe)
A privatização serve para entregar o patrimônio do povo para proveito dos capitalistas, que parasitam as empresas públicas por intermédio do Estado. Os trabalhadores construíram e sustentaram as empresas públicas por anos, e a banca internacional toma o patrimônio ao som de um martelo. Seguindo a trilha da verdadeira corrupção, é possível verificar o que acontece com uma empresa privatizada. O vazamento de uma gravação de uma reunião interna da Eletrobrás, revelada em reportagem da Folha de S. Paulo de 12/6/2023, mostra que o grupo 3G Capital, através de sua subsidiária, 3G Radar, de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, elementos envolvidos diretamente na quebra das Lojas Americanas e da Light, dominam a Eletrobrás.
Toda essa articulação foi feita antes mesmo da privatização, em conluio com Temer e Bolsonaro. A reportagem mostrou que eles operaram o processo por dentro da empresa e obtiveram seu controle de fato, mesmo tendo apenas 0,05% das ações com direito a voto. O grupo indicou executivos e passou a ocupar os principais cargos de decisão, tendo inclusive maioria do conselho de administração, incluindo o presidente, Wilson Pinto e a diretoria de finanças.
Lula já afirmou inúmeras vezes que o processo de privatização da Eletrobrás precisa ser revisto. Mesmo a Advocacia Geral da União (AGU) protocolou no STF uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) questionando as regras impostas no Processo de venda da Eletrobras, em que o governo tem 43% das ações e apenas 10% dos votos. Tabata Amaral, portanto, está cumprindo o papel de bucha de canhão de um golpe financeiro contra o país, com a desestabilização do governo Lula.
A Eletrobrás é uma empresa de economia mista e de interesse estratégico para o Brasil, pois com ela se pode fornecer energia a custos mais baixos e assim desenvolver o País. Tábata Amaral, portanto, já pode ser oficialmente colocada como postulante da defesa dos interesses dos grandes capitalistas e instrumento de uma campanha golpista, contra a nação.