No dia 25 de março, o Brasil fez sua primeira partida de futebol após à Copa do Mundo, com um time totalmente improvisado e inexperiente, sem entrosamento e tempo para treinar, acabou perdendo de 2 a 1 para a seleção marroquina, time já consolidado e entrosado, com uma atuação importante na última Copa. Apesar das situações adversas, Ramon Meneses, campeão invicto do Torneio Internacional do Espírito Santo com à seleção brasileira sub-20, apresentou um bom futebol com o time que lhe foi dado.
Como já era esperado, a imprensa vira-lata, cujo objetivo é atacar nosso maior patrimônio cultural: o futebol, caiu matando em cima do técnico devido a um jogo, com jogadores sendo experimentados. É necessário ter claro que nenhuma análise apresentada é baseada, de fato, em futebol. Muito pelo contrário, se trata de uma campanha realizada contra os técnicos nacionais, favorecendo alternativas sombrias e estranhas ao futebol brasileiro: a tentativa inescrupulosa de colocar, frente aos melhores jogadores do mundo, um técnico europeu. Walter Casagrande Jr., ponta de lança dessa política, não perdeu tempo e partiu para ofensiva, escrevendo uma matéria cujo título demonstra seu principal objetivo, difamar o futebol brasileiro: “Ramon escalou mal e perdeu a chance de fazer o Brasil jogar bem” – claramente, como comentarista, Casagrande foi um excelente jogador. Sua matéria se inicia da seguinte forma:
“Não foi nada estranha a derrota da seleção brasileira para o Marrocos, 4° colocado na Copa do Qatar com um desempenho muito superior ao time do Tite”
Com esse comentário absurdo, fica a dúvida, será que o “gênio” dos comentários assistiu à Copa do Mundo? O Brasil apresentou um futebol excelente, artístico e plástico, ao qual os países subdesenvolvidos se renderam e apoiaram mesmo com a derrota para à Croácia, que teve uma arbitragem para lá de suspeita. Em seguida, apresenta uma visão deturpada e cheia de buracos, não explica nada, faz críticas de caráter aparentemente técnico visando atacar, e somente isso, o técnico interino. Não explica também o aspecto violento do adversário, que no jogo não pareciam jogadores de futebol e sim lutadores de MMA, exalta o time marroquino sem base na realidade, é um time medíocre que demonstrou uma correria desesperada com violência atenuada, e isso no mundo fantasioso do comentarista bem-pensante, é futebol bem jogado. O ex-jogador, que teve uma carreira profissional de respeito, se torna no presente momento um inimigo do futebol nacional, uma ferramenta na mão da burguesia, que não desperdiça tempo quando se trata de atacar à história, à cultura e o Brasil de modo geral e, visa atender determinados interesses.
A ‘tara’ por um treinador europeu é infundada, o futebol vive um momento de crise, sem grandes jogadores, sem grandes estrelas e apresenta cada vez mais um esporte desprovido de emoção, em que os técnicos ‘geniais’ apresentam táticas que tiram toda a beleza do esporte, inclusive entrando em conflitos com os principais jogadores da Europa, pasmem, os brasileiros; justamente por embelezarem o futebol.
É bom esclarecer que na última Copa realizada no Qatar, os times europeus, treinados por treinadores europeus, fizeram um péssimo campeonato, dando espaço para nações africanas realizem feitos inéditos, demonstrando a ineficácia dos treinadores apresentados como verdadeiros mestres. E, em uma das finais mais desastrosas em termos de técnica nas últimas copas, a vencedora foi a Argentina, uma escola sul-americana de futebol, portanto. O time argentino, apesar de contar com Messi, apresentou um jogo mais bruto e desprovido de arte. Pela lógica dos entreguistas, o time europeu deveria ter ganhado, já que possuem os ‘especialistas’ no futebol moderno, o que já demonstra a farsa desta obsessão por um técnico não brasileiro, de quem não entende nada de futebol, ou está a serviço de outros interesses.





