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Cinismo da imprensa e governo

Os verdadeiros criminosos acusam mãe e educadores

Direita apresenta propostas e aumento da repressão, com o claro o objetivo de conter a politização e as tendências à mobilização no interior das escolas

Em meio ao velório e atos de protestos diante da morte da professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, esfaqueada por um aluno de 13 anos na escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, Zona Oeste da capital paulista, na qual ficaram feridas outras três professoras e um aluno, políticos e governantes da direita, bem como a venal imprensa burguesa procuraram

intensificar a campanha a favor do aumento da repressão nas escolas e, até mesmo, responsabilizar os educadores e os familiares do adolescente pelo ocorrido.

PM nas Escolas e redução da maioridade

O governador bolsonarista de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos-SP), saiu a campo defendendo a presença da Polícia militar no interior das escolas, uma antiga proposta reacionária da direita que se expressa também em outras propostas como a militarização das escolas.

Isso nada tem a ver com segurança. Trata-se de colocar a organização que mata mais de 6 mil pessoas por ano, em sua maioria negros e jovens, para reprimir os estudantes no interior da instituição que deve preparar os jovens para atuar na sociedade e que, em momentos de crise como a atual, tende a ter em seu interior, um ímpeto de mobilização e luta contra os ataques da burguesia, como se vê no caso, dos protestos contra a famigerada reforma do ensino médio, aprovada no governo Temer e implementada no governo Bolsonaro.

Essa política tem o claro o objetivo de conter a politização e as tendências à mobilização no interior das escolas.

Ao mesmo tempo, no Congresso Nacional, dominado pela direita golpista, parlamentares reacionários retomaram a pregação de propostas por eles defendidas há anos, procurando tirar proveito da situação.

O deputado Delegado Palumbo (MDB-SP), por exemplo, defendeu a redução da maioridade penal, afirmando que “está na hora de discutirmos a reforma do Estatuto da Criança e do Adolescente e a redução da maioridade penal” . Por sua vez, deputado Kim Kataguiri (União-SP) se posicionou na mesma direção afirmando, cinicamente, que era “dever desta Casa honrar a memória da professora falecida e também das duas professoras que contiveram e desarmaram o criminoso aluno que, infelizmente, vai ser punido apenas com medida socioeducativa. Para crime hediondo, não deveria haver a limitação de 18 anos de idade para o sujeito responder na cadeia.”

Culpando as vítimas

Essa ofensiva dos políticos é amparada por uma campanha da imprensa capitalista que, de forma criminosa, teve acesso às imagens do ocorrido para espalhar o terror, em favor das propostas da direita, e chega até mesmo a responsabilizar os educadores e familiares do adolescente para encobrir a responsabilidade absoluta dos governos burgueses sobre o ocorrido.

Reportagens de TV e outros meios controlados pelos grandes monopólios das comunicações, inimigos do ensino público, divulgaram informações criticando a mãe do adolescente e funcionários por terem sido, supostamente, negligentes na prevenção do ocorrido.

Toda essa campanha visa também ocultar a responsabilidade direta dos seguidos governos do PSDB e agora do governo bolsonarista que foi apoiado – de fato – pelo PSDB no segundo turno.

Já na posse de Mário Covas (1995), os tucanos demitiram mais de 5 mil seguranças escolares, em sua maioria, pessoas conhecidas pela comunidade, sob o pretexto de que tinham sido contratados de forma irregular por governos anteriores. Ninguém foi substituído. Pelo contrário, nos últimos anos, os funcionários de escolas de outras funções, como inspetores, agentes escolares, pessoal de limpeza etc. foram terceirizados aos milhares e não houve concursos para contratações.

Para incentivar os alunos a desvalorizarem os professores e demais profissionais, esses governos do estado mais rico do País, sequer cumpre a Lei do Piso e paga um dos piores salários da rede pública brasileira.

Mobilizar

Nesta quarta, dia 29, a APEOESP, realizou um pequeno ato em homenagem às vítimas e em protesto à política do governo.

É preciso ampliar a mobilização. Denunciar o governo e toda a direita criminosa. Com os estudantes e toda a comunidade escolar, vamos exigir medidas efetivas que melhorem as condições de ensino e de segurança nas escolas, o que passa por exigir mais verbas para a Educação, verbas públicas somente para o ensino público, cancelamento da “reforma” do ensino médio, realização de concurso público para o preenchimento de todos os cargos vagos e contratação de milhares de vigias, inspetores, agentes etc.; pagamento do piso salarial dos professores, medidas essenciais para melhorar a educação em todos os seus aspectos.

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