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Antônio Carlos Silva

Professor de Matemática. Fundador do PCO, integra a sua Executiva Nacional. Atuou na fundação do Coletivo de Negros João Cândido. Liderou a criação e coordenação dos Comitês de Luta contra o golpe e pela liberdade de Lula. Secretário Sindical Nacional do PCO, coordena a Corrente Sindical Nacional Causa Operária, da CUT.

Um primeiro balanço

Os importantes avanços da II Conferência Sindical

A Conferência evidenciou um amadurecimento político e organizativo da CSNCO e de sua militância

Nos dias 14 e 15 de outubro últimos, realizou-se no auditório da APEOESP, Sindicato dos Professores, em São Paulo, a II Conferência Sindical Nacional do PCO.

Convocada pela Corrente Sindical Nacional Causa Operária (CSNCO) e pela Secretaria Sindical do Partido (Sesind), o encontro tinha como objetivo orientar e organizar o trabalho do ativismo da CSNCO, a partir de coordenadas políticas para o próximo período, marcado por um intenso aprofundamento da crise no Brasil e no Mundo.

Os debates se concentraram sobre aspectos essenciais do avanço da crise, a nova etapa na luta de classes que impulsiona tendências a uma reorganização no movimento operário e, à luta por uma nova direção que supere a paralisia e a política de capitulação que domina a etapa atual.

Um intenso debate

Dirigentes e ativistas sindicais de diversas categorias de quase todas as regiões do País, participaram de mais de 12 horas de debates, iniciadas no sábado (14) com a leitura de alguns dos 10 documentos elaborados para o encontro e com a apresentação da análise da situação política pelo presidente do PCO, companheiro Rui Costa Pimenta, seguido de perguntas feitas pelos participantes presente ao local do encontro, bem como enviadas pela internet. Ainda no sábado, o companheiro Antônio Carlos Silva, diretor da APEOESP, secretário sindical e membro da executiva nacional do PCO, apresentou pela coordenação da CSNCO a discussão sobre a nova etapa política e as tarefas no movimento operário, abordando a influência que a intensificação dos enfrentamentos dos povos oprimidos e da classe trabalhadora terá sobre o movimento operário, o que tende a levar a uma nova etapa de grandes lutas em todo o mundo e pressionar no sentido de “sacudir” as atuais estruturas burocráticas, como se deu em outras etapas de grandes lutas.

No debate sobre o tema, destacou-se a preocupação dos ativistas sobre a situação no interior da Central Única dos Trabalhadores (CUT), dos Sindicatos e, principalmente, na base das categorias e sobre a necessidade da realização de um amplo trabalho de agitação e propaganda para fazer evoluir a situação em um sentido revolucionário.

Agitação e propaganda

No segundo dia da Conferência, os debates iniciaram-se em torno da discussão do balanço e do plano de trabalho da CSNCO para a próxima etapa. Os delegados discutiram os importantes passos dados no sentido de uma intervenção classista desde a realização da I Conferência Nacional (janeiro/2022), com a publicação de quase 700 mil boletins sindicais – dentre outras publicações -, mas também analisaram os limites e debilidades deste trabalho e a importância decisiva do trabalho de agitação e propaganda junto aos locais de trabalho, em torno de um programa de luta e de uma perspectiva independente de mobilização dos trabalhadores diante do avanço da crise, superando a política e de paralisia e de “compasso de espera” da esquerda e da burocracia sindical que, se adota a política de aplausos para o atual governo, mesmo diante da política ultra limitada que adota diante das necessidades do povo trabalhador, diante das pressões que sofre da direita golpista, incluindo, os setores da direita infiltrados no governo de “frente ampla”, que atuam na defesa dos seus próprios interesses e do imperialismo.

Além de um conjunto de resoluções práticas no sentido do fortalecimento do trabalho de agitação e propaganda da CSNCO, a Conferência também discutiu e deliberou sobre o fortalecimento organizativo da corrente com a realização de reuniões regulares do Coletivo Sindical do Partido e das diversas frentes sindicais, seminários, cursos, bem como eventos sociais com ampla participação dos trabalhadores das categorias. Debateu-se também a tarefa central de fortalecimento do trabalho de construção do partido operário revolucionário, o PCO, entre os trabalhadores.

Programa e amadurecimento politico

Na última etapa da Conferência foram debatidos os eixos centrais do programa dos trabalhadores para a próxima etapa, com base no programa aprovado na II Conferência Nacional dos Comitês de Luta (realizado em julho deste ano) e nas questões centrais destacadas pela coordenação nacional tais como a luta pela redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais, pelo aumento imediato de 100% do valor do salário mínimo, pela reestatização da Eletrobras e da Petrobras (como parte da luta pela exploração de todo o nosso petróleo) e em defesa dos sindicatos, garantindo-se a sua sustentação pelos meios que forem deliberados pelas assembleias sindicais e com a contribuição sindical obrigatória de todos os trabalhadores.

A Conferência evidenciou um amadurecimento político e organizativo (incipiente) da CSNCO resultado da luta contra o golpe de Estado no interior do movimento operário e na defesa das reivindicações dos trabalhadores, atuando em uma frente única com setores cutistas que se colocaram no terreno da mobilização, o que deve se acentuar no próximo período; ao mesmo tempo, em que se desenvolve o trabalho de construção de uma corrente classista, revolucionária no movimento sindical, com setores combativos que se opõem ou rompam com a política que domina a burocracia sindical e se coloquem no terreno da organização e mobilização dos trabalhadores, de forma independente da burguesia, das suas instituições e partidos.

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