As nações europeias costumavam ser senhores coloniais, mas agora se tornaram subordinados coloniais dos EUA, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Enquanto as ex-colônias defendem sua independência, alguns de seus
ex-senhores europeus seguiram na direção oposta, afirmou Zakharova. Os membros da UE “perderam sua soberania e se submeteram à vontade de Washington e, até certo ponto, de Londres”.
A configuração do imperialismo surgida após a Segunda Guerra Mundial, em que a destruição dos países europeus permitiu que os Estados Unidos se erguesse como principal potência imperialista do mundo, está se aprofundando e tende a se aprofundar mais.
Os EUA, enfraquecido política e economicamente, acaba por prejudicar até mesmo seus parceiros imperialistas (a Europa Ocidental), a fim de contornar a crise que assola o coração do imperialismo.
Nesse sentido, foi o principal artífice da guerra na Ucrânia, pois vê-se diante da necessidade de fragmentar a Rússia, a fim de fortalecer sua ditadura mundial sobre o leste europeu e a Ásia.
Contudo, no processo, jogou a si mesmo e, em especial, a toda a Europa Ocidental em uma profunda crise econômica e política, de forma que as contradições entre os países europeus e os Estados Unidos começa a subir à superfície.
Caso tais contradições cheguem ao paroxismo, uma terceira guerra seria a consequência necessária, pois as guerras mundiais são nada além de uma luta entre o imperialismo pela repartilha de suas colônias.