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Terrorismo de Estado

“Os dois lados são iguais”: um encobrimento dos crimes de Israel

É preciso medir as coisas com a régua da luta de classes, da revolta de um povo martirizado há décadas por um Estado invasor, fortemente armado e apoiado pelo imperialismo

Coluna publicada por Pedro Maciel, chamada “Barbárie na Terra Santa”, traz um bom histórico das décadas de domínio, massacres e martírios que o Estado de Israel impôs ao povo palestino. Mas o colunista, peca nas conclusões, importantes de serem discutidas aqui.

Segundo ele: “Mantenho a minha convicção de que não se trata de um filme de ‘mocinhos contra bandidos’, pois há apenas anti-heróis e de ambos os lados, não tenho dúvida alguma do sofrimento do povo palestino e da legitimidade da ANP, mas temos o Hamas e sua prática terrorista.”

Logicamente que, para analisar qualquer conflito do mundo real, não se deve ter como parâmetro descobrir quem é “mocinho ou bandido”. Isso seria a perdição de uma análise séria. O problema deve ser sempre o de classe e não apenas as classes sociais dentro dos países, mas sua expressão internacional, ou seja, a luta anti-imperialista.

O que está em questão, segundo confirma a própria história relatada pelo colunista, é a reação de um povo extremamente esmagado, oprimido, contra um Estado fortemente armado, apoiado pelo imperialismo.

Essa deve ser a principal régua para analisar o que está acontecendo.

O colunista fala que compreende o sofrimento dos palestinos, mas não concorda com a prática “terrorista” do Hamas. O problema aqui é bem simples. Concordando ou não com os métodos do Hamas, chamá-lo de terrorista serve apenas para esconder que a revolta dos palestinos é legítima.

Não é possível ser solidário com o sofrimento dos palestinos, mas não reconhecer ao menos que os métodos do Hamas são a resposta quase natural a essas décadas de esmagamento.

O colunista continua, dizendo que acredita que “lançar bombas contra população civil é um crime contra a humanidade e, tanto o Estado de Israel, quanto o Hamas fazem isso.”

Mais uma vez, o autor se trai pela tentativa de analisar a coisa abstratamente. Colocado nesses termos, “”lançar bombas contra civis”, é realmente algo muito bárbaro. O problema é que se deve colocar em perspectiva quais são essas bombas, de onde elas vêm e na cabeça de quem elas caem.

Aí veremos que as bombas dos palestinos são apenas e tão somente um método de reação de um povo que está na pior situação que se possa imaginar. O poder dessas bombas são infinitamente menores do que o poder das bombas israelenses, que, por sinal, assassinam muito mais palestinos do que as bombas do Hamas conseguem matar os israelenses.

Não dá para ter dúvida disso, basta olhar o poder de destruição dos bombardeios estabelecidos por Israel.

Igualar as duas coisas como “crime contra a humanidade” é encobrir os verdadeiros criminosos.

Uma coisa que precisa estar muito clara é que falar em terrorismo do Hamas sem falar no terrorismo do Estado de Israel é uma desonestidade.

É preciso perguntar: será que um Estado tem direito de ser terrorista e os pobres coitados não têm direito a nada?

O debate é tão absurdo que se colocamos em perspectiva histórica fica muito simples de resolver. Será que o Quilombo de Palmares estariam certos ou errados caso atingissem algum inocente em suas revoltas? Segundo a lógica dos que querem igualar tudo, deveríamos não exaltar a resistência de Palmares, mas condenar seus métodos.

O oprimido tem o direito de reagir seja de qual forma for.

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