O líder político da Nicarágua, Daniel Ortega, deu declarações polêmicas de caráter anti-imperialista em encontro com os chineses; o sandinista exigiu a expulsão de Taiwan da SICA, organização criada em 1991 pelos países centro-americanos: Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá. O motivo alegado é a característica abertamente pró-imperialista da ilha que pertence à China:
“Essa base militar ianque chamada Taiwan ou Taipei deve ser retirada, expulsa do SICA”, continuou Ortega – “Hoje está mais claro do que nunca que Taiwan nada mais é do que uma base militar do império norte-americano. Temos certeza de que chegará o momento em que Taiwan estará livre dessa ocupação militar (…) mais cedo ou mais tarde”.
Existe uma rebeldia dos países pobres em relação ao imperialismo, uma aproximação em maior ou menor gral com os chineses e russos, Ortega deixa claro a necessidade da participação desses países na esfera política americana – “É um absurdo, onde há uma maioria de países que já tem relações com a China” e onde Guatemala e Belize “querem bloquear a integração da Rússia, que tem relações com toda a América Central”, disse o presidente nicaraguense.
Essas polêmicas ilustram o porquê de ser tão perseguido pela ONU e companhia, sua política é abertamente anti-imperialista, qualquer líder minimamente soberano é apresentado pela imprensa capitalista como autoritário e ‘fascista’, analisando sua concepção correta sobre política externa, é preciso defende-lo de uma possível invasão norte-americana. Acusado de ser um ditador pelos países que sustentam ditaduras no mundo todo, Daniel Ortega se mostra um verdadeiro líder soberano, governa para o povo e por uma questão de defesa, seu governo pode apresentar traços repressivos, pela dificuldade geográfica (além de ser uma ilha, está localizado próximo no continente do seu maior algoz) é justificável seus atos. Estabelecer uma democracia nos moldes do imperialismo ocidental, é abrir espaço para um novo golpe de estado.