Até o final de maio, estão sendo realizadas em dezenas de cidades do País e quase todas as Capitais, encontros preparatórios para a realização da III Conferência Nacional dos Comitês de Luta.
Esses encontros visam debater as principais tarefas da Conferência diante do avanço da crise, discutir propostas a serem levadas ao evento que acontecerá na Quadra dos Bancários em São Paulo e, principalmente, organizar as caravanas locais, organizar a campanha financeira etc.

As conferências municipais, assim como a Nacional é aberta a todos os interessados. Todos podem se inscrever, acessando www.comitesdeluta.org.br, ou entretanto em contato com a comissão organizadora pelo telefone/WhatsApp: (61) 98211-4025.
Eixos de luta
No Manifesto convocando a III Conferência, assinado por centenas de dirigentes e lideranças dos mais variados movimentos de luta dos trabalhadores, se destaca a necessidade de “organizar e mobilizar amplamente milhões, como fizemos na luta contra o golpe, pela liberdade de Lula e por sua vitória nas eleições”.
A Conferência se apoia na ideia central de que “quem pode dar conta dessa tarefa é o ativismo dos Comitês de Luta, dos partidos de esquerda, dos sindicatos e das organizações populares. Por isso seus organizadores defendem a realização de “um Congresso do Povo, com as grandes organizações de massas como a CUT, o MST, CMP, UNE etc. e partidos de esquerda, como foi amplamente discutido e decidido anos atrás“.
Dentre os eixos a serem discutidos no encontro, que unificam os movimentos, estão a luta por questões imediatas e decisivas, como:
- Aumento emergencial imediato do salário mínimo, a ser debatido nos sindicatos e entre os trabalhadores;
- Reestatização da Eletrobrás e da Petrobrás (100% estatal) para reduzir o preço dos combustíveis e tarifas, criando as condições adequadas para o desenvolvimento nacional;
- Revogação de todas as “reformas” contra o povo dos governos Temer e Bolsonaro: trabalhista, previdenciária, do ensino médio etc. (“revogaço”);
- Reforma Agrária: terra para quem nela trabalha; atendimento das reivindicações dos povos indígenas e soberania do povo brasileiro sobre a Amazônia (fora o imperialismo!). Liberdade e fim dos processos contra Zé Rainha, Magno de Souza e todas as lideranças da luta pela terra e pelas demarcações;
- Reforma Urbana para por fim à especulação e garantir moradia e melhores condições de vida para milhões;
Abaixo a conspiração golpista. Fim da tutela dos militares sob o regime político.
Programação
Pontos definidos com os integrantes/organizações e alguns dos convidados já confirmados.
10 de junho, sábado
* 9h – Mesa 1 – A Luta pela terra e dos povos indígenas – MST, FNL, Movimento de Lutas dos Indígenas, LCP
* 11h – Mesa 2 – A luta por Educação, Saúde e Moradia – Heleno Araújo, presidente da CNTE; senadora Teresa Leitão (PT-PE) [na foto] ; Deputada Professora Bebel (presidenta da Apeoesp); Ariovaldo Camargo (secretário de finanças da CUT Nacional).
* 14h30 – Mesa 3 – A luta por Salário e Emprego – Paulo Cayres, secretário sindical nacional do PT, representante da CONTICOM (Construção Civil e Madeira/CUT); Antônio Carlos Silva (Corrente Sindical Nacional Causa Operária).
* 17h – Mesa 4 – A economia e a soberania nacional. Roberto Requião (PT-PR); representante da executiva nacional do PT ; Maria Lúcia Fattorelli (Auditoria Cidadã da Dívida); Rui Costa Pimenta (presidente do PCO) [foto]
11 de junho, domingo
* De 9 às 11h – Mesas Setoriais:
Sindical/Popular – Juventude – Mulheres – Negros – Cultura
* De 11 às 13h – Plenária Final, com aprovação de Resoluções* 14h – Mesa 5/At de encerramento – A luta contra o imperialismo – Confirmadas presenças de representantes de Cuba, Venezuela e Nicarágua, Rússia, China e Irã.