Na última sexta-feira (20), a gigante de tecnologia, Google, anunciou a demissão de aproximadamente 12 mil funcionários em todo o mundo, o que representa 6% dos funcionários. O comunicado oficial foi feito por e-mail através do seu Diretor Executivo, Sundar Pichai’s. No e-mail enviado para todos os trabalhadores, Pichai assume a crise que já é grande e ainda estará por vir nos Estados Unidos: “Nos últimos dois anos, tivemos períodos de grande crescimento. Para acompanhar e abastecer esse crescimento, contratamos para uma realidade econômica diferente daquela que enfrentamos hoje”. Além do comunicado ter sido feito por e-mail e os demitidos terem tido sua conta bloqueada, também nenhum teve o motivo declarado.
Outras gigantes da área de tecnologia, como Microsoft e Amazon, já anunciaram demissões em massa este mês. Meta, a empresa matriz do Facebook, Instagram e WhatsApp, disse em novembro que estava demitindo mais de 11.000 funcionários, ou seja, 13% dos trabalhadores. São mais de 51 mil demissões desde novembro apenas nas empresas Microsoft, Google, Meta e Amazon. Os números são muito maiores se levarmos em conta empresas que atuam indiretamente para elas. Os economistas ainda esperam que os cortes de empregos continuem durante todo o ano de 2023.
O Sindicato dos Trabalhadores do Google, apontou que a decisão de demitir 12 mil é um “comportamento inaceitável” para uma empresa que teve “US$ 17 bilhões em lucros somente no último trimestre”. O sindicato acrescentou que Sundar Pichai deve assumir total responsabilidade e um grupo de funcionários pede que Pichai peça demissão imediatamente. É o momento de criar um sindicato não apenas do Google, mas de todos os trabalhadores da área de Tecnologia da Informação (TI) nos Estados Unidos. Colocar pautas de imediata reintegração dos funcionários demitidos e mobilizar para que os funcionários que ficaram nas empresas mobilizem uma greve geral, visto que há uma chance grande de mais demissões em massa ao longo do ano.
A crise mundial está atingindo o coração do imperialismo e não podemos deixar que os trabalhadores paguem a crise. Todas as estas empresas faturam na casa dos bilhões de dólares que são distribuídos para uma minoria de capitalistas sanguessugas nas bolsas de valores. Os reais trabalhadores, que geram toda esta tecnologia e riqueza ficam a mercê de decisões de diretores que faturam na casa dos milhões anuais.
É muito provável que estas demissões logo atinjam as empresas do Brasil. O PCO chama para que os trabalhadores das áreas de TI se mobilizem em todos os países para atuar de forma unificada na pauta. A crise se aprofunda e é chegada a hora da luta.