Nesta quarta-feira (15), o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução pedindo uma pausa humanitária na Faixa de Gaza. O texto prevê pausas urgentes e prolongadas nos combates por um “número suficiente de dias” para permitir o acesso da ajuda humanitária.
O texto prevê três prontos em destaque:
- proteção de crianças no conflito;
- pausa humanitárias de dias (sem especificar quantos) para o estabelecimento de corredores humanitários em toda a Faixa de Gaza, assegurando serviços básicos e ajuda para a sobrevivência de quem mora no território palestino;
- e liberação dos reféns tomados pelo Hamas.
Também estão previstos reparações de emergência em infraestruturas essenciais, a evacuação médica de crianças doentes ou feridas e de seus cuidadores, e os esforços de resgate e recuperação de pessoas — inclusive de crianças desaparecidas em edifícios danificados e destruídos.
Os Estados Unidos, a Rússia e o Reino Unido, que têm poder de veto no Conselho, se abstiveram na votação sobre a resolução, feita por Malta. Os 12 membros restantes votaram favoravelmente ao texto, incluindo o Brasil. A Rússia foi o único país do Conselho que chegou a se pronunciar sobre a resolução, chamando o texto de “desequilibrado”.
“Gostaria de perguntar aos nossos colegas norte-americanos: vocês eliminaram tudo [no texto] o que pudesse de alguma forma indicar a necessidade de cessar as hostilidades. Isso significa que são a favor de que a guerra no Oriente Médio continue indefinidamente?”, disse Vassily A. Nebenzia, embaixador da Rússia na ONU.
Antes do início da votação, Vanessa Frazier, representante permanente de Malta junto da ONU, afirmou: “Inúmeros civis estão agora sofrendo as consequências devastadoras que o conflito armado traz consigo”.