Na última semana, lançaram no Brasil uma lista das cinco cidades mais rica do Brasil. O Estudo foi elaborado pela FVG (Fundação Getúlio Vargas) e fez um levantamento das declarações de imposto de renda de seus habitantes referentes ao ano de 2018.
“Para chegar à conclusão de quais as cidades com maior número de pessoas ricas, a pesquisa estabeleceu a proporção de declarantes em relação à população total dos municípios e a partir da divisão do valor declarado pelo número de habitantes, obteve a renda média”.(FGV)
Depois de ter feito o levantamento, constatou que as rendas não estão nas capitais, mas sim em cidades menores: Nova Lima – MG; Santana de Parnaíba – SP; Aporé- GO; São Caetano do Sul – SP; Niterói – RJ.
A burguesia Brasileira está em algumas cidades como Nova Lima -MG, a cidade conta com diversos condomínios de luxo, com casas que podem chegar a R$ 10 milhões, esta cidade é uma dos locais de atuação da antiga Vale do Rio Doce. “Santana de Parnaíba, município de pouco mais de 142 mil habitantes, é onde está localizado o bairro nobre Alphaville, na região metropolitana de São Paulo. Localizada a 35 km da capital”. Uma boa parte da burguesia paulistana possui mansão em Alphaville. A terceira do ranking é Aporé- GO, onde concentra-se o agronegócio. A quarta cidade é São Caetano do Sul, que além de ter uma renda alta per capita, também é famosa por te um alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). A última é Niterói, que, ao contrario das outras, concentra mais pessoas; no entanto, também abriga diversos setores da burguesia.
A miséria mora ao lado
Apesar dessas cidades terem uma grande concentração de renda, a miséria também é grande. Segundo estudos do IBGE, “A distribuição geográfica da pobreza e extrema-pobreza também é bastante desigual no Brasil. Quarenta e quatro por cento dos brasileiros abaixo da linha de pobreza em 2018 vivia na região Nordeste. O Maranhão é o estado campeão dessa tragédia, sendo que 53% dos seus cidadãos estão na linha de pobreza. Todos os estados das regiões Norte e Nordeste apresentaram indicadores de pobreza acima da média nacional.
A concentração de renda agravou-se nos últimos anos principalmente com a pandemia, que achatou os salários e gerou bastante desemprego no país. O abismo social é gigante como podemos observar em vários estudos. Essa é a natureza do capitalismo monopolista, concentrar a renda na mão de poucos e gerar uma massa de famintos. Diante disso é preciso que os trabalhadores organizem a luta contra a burguesia, pois está cada dia concentra mais renda.