Ontem (16), morreu Daniel Ellsberg, o famoso denunciante que expôs a farsa dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã por meio dos chamados “Pentagon Papers”.
Na época desse escândalo, Ellsberg foi chamado por Henry Kissinger, o arquiteto da política de guerra dos Estados Unidos daquele período, de “o homem mais perigoso nos EUA que deve ser parado a qualquer custo”.
Os “Pentagon Papers” foram uma série de documentos secretos do Departamento de Defesa dos Estados Unidos que foram vazados para a imprensa em 1971. Esses documentos abordavam a história secreta da política dos Estados Unidos em relação ao Vietnã durante a Guerra do Vietnã.
Foram elaborados por uma equipe de analistas do Departamento de Defesa dos EUA e cobriam um período de tempo que ia de 1945 a 1967. Eles revelaram informações altamente confidenciais sobre a extensão do envolvimento dos EUA no Vietnã, bem como a maneira como os governos sucessivos haviam enganado o público americano sobre o verdadeiro status da guerra.
Os documentos mostraram que os governos dos Estados Unidos, tanto democratas quanto republicanos, haviam ampliado secretamente a guerra e ocultado informações importantes do público e do Congresso. Eles revelaram a existência de bombardeios secretos no Laos e no Camboja, bem como as verdadeiras intenções do governo dos Estados Unidos em relação à guerra.
Quando os Pentagon Papers foram vazados para a imprensa pelo denunciante Daniel Ellsberg, eles causaram um grande impacto na opinião pública e levaram a um aumento do ceticismo em relação ao envolvimento dos Estados Unidos no Vietnã. O vazamento dos Pentagon Papers também desencadeou uma batalha legal sobre a liberdade de imprensa e a responsabilidade do governo em manter segredos.