Diversos países ex-colônias do Reino Unido anunciam suas movimentações no sentido de se tornarem repúblicas, como o caso da Jamaica, que ocorreu na última semana. A formalização de repúblicas marca uma ruptura definitiva com os laços da monarquia britânica.
A crise da dominação britânica tem cada vez mais dado sinais de que este se aproxima do que seria seu estágio terminal. O movimento se fortalece há apenas dois meses da coroação do rei Charles III, após a morte da rainha Elizabeth II, em setembro de 2022.
Barbados, a última ex-colônia a se desvencilhar da Coroa, em 2021, teve um papel importante ao fazer com que outros países se somem ao movimento de desligamento do Reino Unido, que é um duro golpe contra o imperialismo britânico.
Os países que até agora anunciaram suas rupturas são:
- Jamaica: O país já deu início ao processo de reforma da Constituição, datada de 1962, para se tornar uma república parlamentarista. Um referendo popular sobre o assunto deve ser realizado em 2024;
- Austrália: Apesar do premier Anthony Albanese ser um defensor do republicanismo, não há nenhuma ação em andamento. Uma pesquisa recente mostrou que mais da metade da população apoia a ruptura;
- Nova Zelândia: O movimento republicano é mais fraco entre os neozelandeses, mas a ex-premier, Jacinda Ardern, indicou que o país deve romper com a monarquia futuramente;
- Antígua e Barbuda: O premier Gaston Browne afirmou que deve convocar um referendo sobre o assunto em até dois anos, mas assegurou que o país continuaria na Comunidade Britânica;
- Santa Lúcia: O premier Phillip Pierre afirmou, em 2022, que pretende rever o debate sobre o rompimento com a monarquia, mas o país ainda não avançou com o projeto;
- São Vicente e Granadinas: O primeiro-ministro Ralph Gonsalves é favorável ao rompimento e pretende realizar um novo referendo no país. Na última tentativa, em 2009, a proposta foi rejeitada;
- Belize: O país deu início a um projeto de reforma constitucional em outubro passado, que pode também levar ao rompimento com a Coroa britânica.
As rupturas com a coroa britânica, um importante membro das superpotências que controlam o mundo, são um forte sintoma da crise do imperialismo em sua totalidade, o que reforçará suas tentativas de realizar a manutenção de poder, mesmo representando uma estrutura caduca.
A movimentação das ex-colônias e todo golpe contra o imperialismo, com certeza trará um avanço importante no horizonte político geral.