Hamas, que significa “Movimento de Resistência Islâmica”, é um partido político legal na Palestina, não é exatamente uma organização armada. Mais detalhes sobre o problema do grupo armado ao final do texto.
Fundado em 1987, a organização surgiu como parte da Irmandade Muçulmana, uma organização religiosa. Eles surgiram diante do fracasso da organização laica, Fatá. A Fatá fechou um acordo com Israel e deixou de ser chamada de terrorista em 1988.
O Hamas era um grupo menor e cresceu por conta do acordo da Fatá com Israel. Passados anos, em 1995 e 1996, ocorreram duas eleições, as quais eles boicotaram por não reconhecer acordos com Israel que criaram o governo da Palestina. Contudo, pesquisas os colocavam com 10% e 12% dos votos respectivamente.
O grande líder do Fatá, Yasser Arafat, tinha uma grande popularidade por conta de seus anos na luta armada. Mas, como vemos, a votação do Hamas havia crescido 20% em apenas um ano, se contarmos as pesquisas. Isso tem a ver com a política colaboracionista do Fatá.
A Palestina vai ficar sem eleições até 2005, um ano depois da morte de Arafat. O primeiro-ministro Mahmoud Abbas é, então, o candidato do Fatá para presidência. O Hamas escolhe boicotar a eleição presidencial pelo mesmo motivo anterior.
Depois de uma negociação, o Hamas, a Jiade Islâmica e outros grupos armados concordaram em participar das eleições legislativas em 2006. Israel proibiu o Hamas de fazer campanha na Jerusalém Oriental. Os Estados Unidos investiram US$2 milhões para apoiar o Fatá.
Apesar de toda a sabotagem eleitoral, o Hamas levou 74 cadeiras no legislativo. Os EUA, Israel e outros organizaram sanções contra o governo do grupo. O Fatá se recusou a integrar um governo do Hamas, a não ser que o Hamas reconhecesse Israel e os acordos de Oslo.
Depois de muita briga, o Fatá e o Hamas concordaram em fazer um governo de unidade nacional. Após a aprovação do governo de unidade, Israel não reconheceu o governo. Mais brigas, dessa vez na base da bala. O Fatá, então, dissolve o governo de unidade com o Hamas.
O Hamas, apesar de ter ganhado as eleições, é obrigado a tomar a Faixa de Gaza e acabar com Autoridade Palestina na região, afinal, havia se tornado um preposto de Israel. Em resumo, eles ganharam a eleição, mas não levaram.
O Partido Hamas tem duas outras organizações irmãs, as brigadas Izz ad-Din al-Qassam, uma organização armada, e a Dawah, uma organização de caridade. Ao contrário do que se pensa, a maioria do orçamento do Hamas é gasto com programas sociais.