Em entrevista ao site Petronotícias, o pesquisador brasileiro Luís Ercílio Faria Junior, doutor em Ciência Naturais da Universidade Federal do Pará (UFPA), afirmou que, ao contrário da propaganda feita pelo Greenpeace, não há corais na região da bacia da Foz do Amazonas, localizada na Margem Equatorial.
No ano de 2017, a ONG estrangeira deu início a uma campanha de alarde, afirmando que haveria corais na região, os chamados “Corais da Amazônia”. Sob essa justificativa, o Greenpeace coordenou outra campanha, desta vez se opondo a qualquer iniciativa do Brasil de explorar petróleo na bacia da Foz do Amazonas.
Contudo, Luís Ercílio aponta que, segundo os mapas oficiais, não há corais naquela região, mas rochas calcárias:
“Os mapas oficiais garantem que as regiões indicadas pelo Greenpeace como ‘Corais da Amazônia’ são, na verdade, rochas calcárias”.
Estes mapas e os dados contidos neles decorrem de décadas de pesquisas realizadas na Margem Equatorial, pesquisas estas realizadas por instituições de pesquisa do Sudeste e do Sul do País e conduzidas por órgãos e entidades da Administração Pública Brasileira, tais como a Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil, Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM, atualmente chamada de Agência Nacional de Mineração) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Na década de 80, as pesquisas também contaram com participação do governo da Alemanha e da Universidade de Berlim, ocasião em que foram fornecidos aos pesquisadores equipamentos de última geração.
O pesquisador, que coordenou o Programa de Pesquisas em Ciências do Mar (PROMAR), programa este que teve como um de seus principais projetos um programa de estudos específicos sobre a Foz do Amazonas, também afirma que “no Brasil, só existem seis espécies de corais vivos, que são encontrados na região nordestina. As condições ambientais para formação de corais são muito específicas”, de forma que “O sistema recifal sob a pluma do Amazonas, citado pelo Ibama em seu parecer, são as rochas que nós chamamos de ‘carbonáticas’ ou ‘rochas calcárias’. Não são corais vivos”.
Durante os dez anos que coordenou o PROMAR, o programa contou com a cooperação da Universidade Kiel (referência em geofísica), da marinha e de universidades norte-americanas.
Em outras palavras, trata-se de décadas de estudos realizados com tecnologia de ponta e profissionais qualificados. E, através desses estudos, constatou-se que não existem corais vivos na Foz do Amazonas, mas rochas carbonáticas (ou calcárias).
Assim, Luís Ercílio conclui que o Greenpeace manipulou dados decorrentes de anos de pesquisa científica, de forma que até mesmo as imagens que a ONG veiculou em sua propaganda correspondem a outros locais.
Vê-se, portanto, que a propaganda feita pelo Greenpeace sobre os tais “Corais da Amazônia” é uma farsa.
A isto, soma-se o agravante de que o IBAMA, ao negar a licença para a Petrobrás realizar estudos de viabilidade na Bacia da Foz do Amazonas, utilizou como um de seus fundamentos a suposta existência de corais na região, e que os mesmos deveriam ser preservados.
Relembremos que a negativa se deu a mando da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que defendeu a decisão como sendo “técnica”. Uma decisão “técnica” baseada na falsificação e manipulação de pesquisas e dados, manipulação esta feita pelo Greenpeace, uma ONG sob o comando dos países imperialistas.
Dito tudo isso, há uma pergunta que deve ser feita: por que apenas o governo brasileiro é impedido de explorar petróleo na região da Margem Equatorial, enquanto que a gigante de energia dos EUA, ExxonMobil, e os parceiros do consórcio Hess e CNOOC (ou seja, o imperialismo) podem explorar à vontade as bacias de petróleo da Guiana, país que faz fronteira com o Brasil ao norte, próximo da Margem Equatorial?
Em decorrência da exploração de petróleo na Guiana, feita pelos monopólios imperialistas, o país observou um crescimento de 62% em seu PIB no ano de 2022. Por óbvio, essa riqueza é, em sua maior parte, revertida para os EUA, afinal quem está explorando é a ExxonMobil e seus parceiros. Até o momento, a petroleira estrangeira fez mais de 35 descobertas de petróleo na bacia Stabroek Block, onde detém uma participação de 45% e é a operadora. Assim, na Guiana, o imperialismo possui sob seu controle um estimado de 11 milhões de barris de petróleo.
A Venezuela, por sua vez, possui as maiores reservas de petróleo do mundo, e sua empresa estatal explora essa fonte energética sem restrições, afinal, desde o fracasso do golpe contra Hugo Chávez, em razão da mobilização popular, o imperialismo não possui o mesmo controle político que possui sobre o Estado brasileiro.
Vê-se, portanto, que a manipulação e falsificação de dados feita pelo Greenpeace, e a propaganda dela decorrente, serve aos interesses do imperialismo.
Por trás da desculpa de preservação do meio ambiente dada pela ONG, o Brasil é impedido de explorar suas riquezas naturais. Sem a exploração do petróleo, o País não pode se industrializar e promover um desenvolvimento econômico. E sem esse desenvolvimento, não é possível tirar o povo da miséria.
Ao utilizar os dados manipulados e falsificados pelo Greenpeace, Marina Silva e o IBAMA atuam para sabotar o governo Lula e seu programa nacionalista.
Assim, conclui-se que o Greenpeace (ao manipular e falsificar dados decorrentes de décadas de pesquisa científica) mentiu para todos que veem a ONG como uma entidade isenta. A realidade é que a organização não está realmente interessada na defesa do meio ambiente, mas apenas em utilizar essa propaganda para barrar o desenvolvimento dos países oprimidos pelo imperialismo.