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Ódio ao Brasil

O futebol é uma paixão nacional, quem odeia é a classe média

A esquerda pequeno burguesa cai de patinho na campanha da imprensa contra a o Futebol Brasileiro, a raiz disse é o preconceito da pequeno burguesia contra a classe operária

A esquerda pequeno burguesa é o setor da sociedade que mais repercute a campanha da imprensa contra o Futebol Brasileiro. Um grande setor nem chega a ter preconceito contra o próprio futebol, considera uma coisa negativa por si só. É o que está sendo debatido no texto “O futebol do machismo, do racismo e da sonegação é uma paixão nacional?” publicado no sítio do Brasil 247. Ele é emblemático no que tange à análise esquerdista do futebol que o coloca como algo reacionário e até direitista.

A autora começa a discussão levantando a questão moral: “A premissa de que existe uma relação óbvia entre o esporte e a formação moral dos seus praticantes pode facilmente ser refutada com os últimos acontecimentos no mundo esportivo”. Segundo ele, independentemente da ideia do futebol elevar a moral ou não dos praticantes estar correta, ela seria refutada por alguns poucos casos propagados pela imprensa: Neymar, Robinho, Daniel Alves. Mas quantas centenas de milhões de pessoas no mundo praticam o futebol?

Ela então segue nessa tese: “O comportamento criminoso e repugnante de alguns jogadores de futebol brasileiros prestigiados mundialmente faz cair por terra a afirmação de que esporte e cidadania caminham juntos naturalmente”. Colocado dessa forma o argumento fica ainda mais ridículo. É obvio que o esporte não tem a capacidade de transformar os seres humanos em santos. O argumento colocado dessa forma parece mais um ataque aos jogadores brasileiros, uma repercussão dos escândalos que a imprensa burguesa escolhe divulgar. Com tantos jogadores no planeta é engraçado que apenas os brasileiros têm defeitos. Ora se todos esses jogam na Europa porque a imprensa não ataca também os jogadores europeus?

O artigo em seguida mostra que quem o escreveu não entende nada de futebol: “Para além do machismo, nos últimos meses temos sido surpreendidos com a participação de diversos jogadores num esquema mafioso de apostas. De direito ao negócio, o mundo esportivo está cada vez mais dominado pela lógica patriarcal e capitalista do ‘quem pode e ganha mais’’. O domínio econômico sobre o futebol é muito antigo, os escândalos de compra de jogos e jogadores são famosos até mesmo na Copa do Mundo. Isso é justamente o grande problema do futebol não só do Brasil como de todo o planeta.

Segue então mais um ataque moralista: “Haja visto o triste exemplo dos jogadores da seleção brasileira comendo carne com ouro no Qatar, enquanto milhões de torcedores em seu país vendem o almoço para comprar o jantar”. Os jogadores não têm o direito de serem ricos. Esse argumento só faria sentido se toda a burguesia fosse atacada, mas o alvo é sempre o mesmo, os jogadores do Brasil. A burguesia toda é infiel, mas quem é atacado é Neymar. A burguesia toda comete crimes ambientais em Angra dos Reis, quem é atacado também é Neymar. Tharcila Damaceno repete tudo o que a imprensa burguesa diz.

Lendo o seu texto, temos a imprensa que os únicos seres-humanos que cometem erros são os jogadores brasileiros. Comer em restaurante rico? Só jogadores brasileiros; os jogadores de outros países não fazem isso e principalmente a burguesia não faz isso.

Os milhões de torcedores brasileiros querem que a Seleção ganhe o Hexa. Não querem que os monopólios da comunicação façam campanha contra a Seleção durante o seu campeonato mais importante. Isso seria o equivalente a numa guerra os soldados serem atacados por terem muitas regalias. No front eles têm alimentação, soldo, roupas, enquanto milhões no Brasil não comem, é um argumento ridículo. O problema não está nos soldados assim como não está nos jogadores. E no caso da Copa não está nem em discussão se ela tem que existir ou não, a única discussão real é como fazer para ganhar o Hexa. E atacar os jogadores certamente não é o caminho.

O artigo então tangencia uma questão muito mais relevante, ele defende “a atuação de diversos setores da sociedade que reivindicam e promovem o esporte mais estruturado no campo educacional, voltado para a formação integral dos sujeitos. Como é o caso, por exemplo, de inúmeros atletas, profissionais ou não, que têm sido beneficiados pela Lei de Incentivo ao Esporte, uma política pública que compreende e reafirma o esporte como um direito.” Aqui sim é possível entender a questão “moral” do esporte. Com um amplo financiamento estatal dos esportes é possível retirar a juventude da decadência em que vive, da falta de perspectiva, das drogas. Isso sim é uma forma de elevar a juventude, bem como elevar ainda mais o nível do futebol brasileiro. 

Mas o texto ainda tem a capacidade de atacar o esporte: “Historicamente, governos autoritários e conservadores utilizaram o esporte como um dispositivo disciplinar de domesticação dos corpos, prevenção de doenças e afirmação meritocrática da potência corporal e suas capacidades físicas. A relação entre a prática esportiva e o militarismo é bastante orgânica, vale relembrar a apropriação que o governo militar fez da conquista do Tri Campeonato Mundial que a seleção brasileira obteve em 1970.” Primeiro é preciso acabar com o mito de que a ditadura em relação ao Tri. A ditadura por pouco não retirou o Tri do Brasil, inclusive trocando o técnico da Seleção por este ser comunista. Ela depois, obviamente se aproveitou da conquista, como qualquer governo faria.

Agora, não é uma realidade que governos “conservadores” atuem em defesa do esporte. A direita no Brasil é a favor da destruição total de todas as política sociais, o esporte é uma delas. E o oposto é a realidade, os governos operários como Cuba, URSS, Tchecoslováquia, Iugoslávia etc valorizavam muito o esporte e se tornaram assim potencias internacionais em vários esportes. Algo que foi muito bom tanto para a classe operária quanto para a projeção internacional do país. O Brasil deveria ser o ápice de ambas essas questões, sendo a maior potência mundial do futebol e sendo o futebol amplamente praticado em todo o território nacional. 

Ao fim o texto não apresenta nenhuma conclusão clara. É apenas um ataque ao Futebol Brasileiro por destacar as suas características supostamente negativas. Mas características que não tem nada de essencialmente ligado ao futebol. A autora na verdade caiu na propaganda imperialista contra o Futebol Arte e fica em busca de motivos para falar mal desse que é um dos maiores patrimônios do País. O Futebol é sim uma Paixão Nacional que não tem nada a ver com “machismo, racismo e sonegação”, quem relaciona ambos está na prática a serviço dos estrangeiros que querem diminuir a grandeza do Futebol Arte, uma das maiores expressões culturais da classe operária brasileira.

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