“Perseguição judicial não é boa. Quem persegue Bolsonaro não é o Povo, são pessoas igualmente execráveis” diz o companheiro Rui Costa Pimenta a respeito da possível prisão de Bolsonaro.
No programa dessa sexta-feira (05), na TV 247, o companheiro Rui Costa Pimenta aborda os temas mais importantes do momento, tanto no Brasil quanto no cenário mundial. Temas como o PL das fake news e a Guerra na Ucrânia aparecem como os principais do momento, dado os acontecimentos recentes e seu grau de relevância atuais.
A transmissão inicia-se com Rui dando sua opinião a respeito da Monarquia britânica. Com a celebração da posse do Rei Carlos III (que ocorrerá nesse sábado, dia 06 de maio), o assunto da família real e sua relevância vêm à tona. Tanto que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra no Reino Unido, para assim participar da celebração. Sabiamente o companheiro nos alerta de que tanto o imperialismo britânico quanto sua Monarquia, principal propaganda e representante do outrora rico e vasto Império, estão em franca decadência. Sendo assim, a Monarquia expressa essa decadência, a reflete, a revela.
Mesmo assim, RCP é ponderado, como sempre, e muito sóbrio em suas análises, e nos informa que, por mais decadente que a Família Real esteja, ainda fazem parte de um organismo de muita importância ao funcionamento do sistema e principalmente do imperialismo britânico. Uma instituição fraca, porém com funções a serem feitas e muitos poderes, no atual momento e conjuntura.
Rui analisa que a ida de Lula seja um gesto diplomático comum. Leonardo Attuch apresenta uma indagação a respeito do Fundo Amazônico, citando a contribuição feita pelo Primeiro-ministro Do Reino Unido, Rishi Sunak, ao valor de 500 milhões de reais. O presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO) expressa que, nesse sentido, o correto será identificar se, mesmo com tais quantias, haverá alguma voz decisiva perante o caso da Floresta Amazônica. Se não houver nenhuma interferência política, a doação não é simplesmente um fator de força, mesmo que seja bastante suspeito, por ora.
Uma das coisas que vieram muito à tona, nessa entrevista, foi a respeito de um artigo, publicado no Diário da Causa Operária, intitulado Por que os processos contra Bolsonaro não são o caminho. Tal posicionamento faz com que a esquerda bem-pensante, pequeno-burguesa, entre em curto-circuito. O que defendemos, e Rui salienta muito bem, não é prender ou processar pessoas, sejam quem for (no atual regime, burguês, totalitário, qualquer fator repressivo, seja contra o nosso pior inimigo, se voltará contra a esquerda).
Bolsonaro fez e faz parte do Regime, governou o sistema durante 4 anos. Se fizeram isso com ele, o que não fariam com a classe operária? Temos inclusive o exemplo de Lula, que governou dois mandatos e mesmo assim foi preso, em 2018. “As nossas posições são baseadas em nosso Programa”, diz Rui. Além disso, ele deixa clara que “Nós não somos um Partido da esquerda comum”. Ou seja, enfatizando a forma revolucionária que tem a política do PCO.
“Não faremos campanha a favor de Bolsonaro, mas não compactuamos com farsas do judicial […] A eventual prisão de Bolsonaro seria política”, afirma Rui após comentário de um ouvinte da TV 247.
Além disso, Rui Costa Pimenta analisa que estão tentando usar coisas menores para agirem contra Bolsonaro. Um dos ouvintes, pouco atinado na política, afirmou que o mesmo estaria compactuando com a extrema-direita com tal posição. Rui sabiamente respondeu que não, e que quem de fato compactua com a extrema-direita é a esquerda pequeno-burguesa que, por apoiar coisas tolas e malucas, só fomenta o ascenso dos bolsonaristas.
Rui ainda trás todo um pensamento de que essa perseguição a Bolsonaro não fará bem à esquerda e que, de fato, ninguém garante que Bolsonaro será preso. “Na política não podemos perguntar o que nos agrada, mas sim o que funciona”, diz RCP.
Rui ainda diz que o que vai acontecer será uma radicalização da extrema-direita. Afirma que há a necessidade de se lutar politicamente contra Bolsonaro, não judicialmente, fazendo com que ele se pareça com um criminoso político. Ademais, coloca que sua prisão interessa à terceira via, ou seja, à direita tradicional, que visa a ascensão de Tarcísio (atual governador do Estado de São Paulo), uma alternativa bem mais palatável para os direitistas. Tais direitistas visam minar o Governo Lula.
Attuch ainda traz uma boa analogia, de que Bolsonaro, ao ter sido derrotado em 2022, poderia ser, em tese, derrotado em 2026, ou seja, essa atual perseguição, favorece a quem tem a perder com Bolsonaro, ou seja, a terceira via. “Quem irá calar os outros 50 milhões de bolsonaristas? […] Fizeram com que a direita no Brasil fosse vista como defensora da liberdade “, novamente diz RCP, em tom de alerta.
O mesmo raciocínio de “tentar calar Bolsonaro” se apresenta no PL 2630, o PL da Censura. Vemos que a Globo está por trás desse processo, e que hoje temos mentiras a favor do PL e contra o mesmo, vendo que, na verdade, o que existe é uma “mentiradada” desenfreada, e que tal processo não irá melhorar em nada a situação e o envio das chamadas “Fake News”.
“Na pior das hipóteses, se todos mentissem, o que seria era a democratização da mentira, ninguém vê o prejuízo que uma emissora como a Globo faz […] Se o PL passar, os antigos meios da imprensa controlarão mais a Internet […] Sou favorável a que qualquer um fale o que quer”, afirma Rui, que completa: “Eu prefiro os feios, sujos e malvados”, em contrapartida tanto à esquerda quanto à direita “cheirosas”, as mesmas pessoas que tentam fomentar o bolsonarismo, perseguindo a pessoa Bolsonaro.
Confira o programa na íntegra logo abaixo:
