A África mais uma vez é vítima do surto de uma doença dolorosa e letal. Após a morte de quase uma dezena de pessoas na Guiné Equatorial ,testes realizados confirmaram o diagnóstico de uma febre hemorrágica viral pelo contágio do chamado vírus Marburg,da mesma família do tenebroso Ebola.
Além dos óbitos foram registrados também vários casos com sintomas suspeitos como febre, fadiga,vômito com sangue e diarréia.
O diagnóstico positivo para o vírus foi relatado pelo Institut Pasteur no Senegal.Assim como o Ebola,o vírus Marburg é espalhado por meio dos morcegos e contamina os humanos através de fluidos corporais e contato com superfícies contaminadas.
A Organização Mundial de Saúde, órgão do Imperialismo mundial, já confirmou que se trata realmente de um surto do vírus na região e que a taxa de mortalidade por contágio chega a 88% de chance e rapidamente muitos pacientes chegam a um estágio grave, em menos de sete dias.
Segundo Gonzalo,médico sanitarista, “ É muito preocupante para as populações africanas. Naquele espaço, ele irá se disseminar se os cuidados não forem tomados de forma rápida e drástica.”
O nome dado ao vírus remonta à origem do mesmo ,em 1967, quando nos laboratórios em Marburg, na Alemanha ,vários pesquisadores morreram ao se exporem ao vírus durante as pesquisas.
Segundo a OMS,não existe vacina para o vírus, cuidados como reidratação com fluidos orais ou intravenosos e tratamento de sintomas específicos podem melhorar a sobrevida do paciente.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Pesquisa Biomédica e professora do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Lavras (UFLA),Joziana Barçante a alta letalidade do vírus funciona como uma “barreira” para evitar uma epidemia da doença fora da África…, “Se a gente pegar um indivíduo, por exemplo, infectado na África e que rompesse essa barreira epidemiológica que já foi instalada, e viesse ao Brasil ou para outro país, a manifestação do sintoma é tão rápida que provavelmente esse indivíduo evoluiria para um quadro grave e de óbito antes de chegar no território. Então a gente trabalha aí com uma característica viral muito diferente do SARS-CoV (vírus causador da covid)”.
Como se pode perceber não há interesse no desenvolvimento de soluções emergenciais como o rápido desenvolvimento de uma vacina como aconteceu no caso da Covid 19 ,para surtos localizados no continente africano. A própria vacina para a Covid 19 teve um abastecimento escasso em países africanos.Dois anos após o início do surto de Covid 19 quase 90% dos africanos ainda não haviam recebido as duas doses necessárias da vacina.
O Imperialismo além de saquear e destruir completamente os países africanos não têm interesse em colocar a tecnologia para funcionar a serviço de países pobres ,onde não podem obter lucros exorbitantes com a venda de vacinas e dessa forma ,assim como inclusive se chegou a pensar em fazer, pelo governo Bolsonaro na região da Amazônia no Brasil, contam com a imunidade de rebanho para tentar conter o avanço do vírus para o resto do mundo.