Pesquisa Genial/Quaest se altera no último mês, mas maioria absoluta dos capitalistas do mercado financeiro continuam contra. A tímida mudança foi o surgimento de pontos de avaliação positiva e o aumento de mais dois pontos na avaliação regular.
Os números são claros os capitalistas do mercado financeiro, quase todos representantes dos interesses imperialistas são contrários às políticas do governo Lula. O imperialismo desde o golpe e principalmente nas últimas eleições tem demonstrado não deseja uma política de conciliação, mas de elevação da rapina a patamares históricos.
O que é a pesquisa
A pesquisa Genial/Quaest é uma entrevista com fundos de investimento, nesta última foram entrevistados 92 uniões com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro, nos dias 08 e 04 de maio. Podemos dizer que esses fundos são “condomínios” de capitalistas cujo capital somado visa permitir maiores objetivos de retorno das aplicações com menores despesas.
Na pesquisa de maio o governo Lula teve a seguinte avaliação: 82% consideram o governo como negativo, 12% avaliam como regular e apenas 2% avaliam o terceiro mandato de Lula como positivo.
Em março uma consulta similar da Genial/Quaest apresentou o seguinte quadro: 90% avaliaram como negativo e 10% como regular, não havendo naquele momento avaliação positiva.
O que mudou
Com as mudanças na política internacional, o possível papel do Brasil nesse cenário e os acordos assinados entre o Brasil e a China da ordem de 50 bilhões, neste último período um setor da burguesia nacional chegou até a falar em reindustrialização nacional.
A pesquisa também apontou alteração na percepção que esses capitalistas têm do governo, considerado fraco por eles no Congresso Nacional.
Os entrevistados avaliam o seguinte em relação à capacidade do governo para aprovar sua agenda no Congresso Nacional. Em março 33% como alta a capacidade do governo, 47% como regular e 20% como baixa. Entretanto, agora 10% avaliam com alta a capacidade do governo, 51% como regular e 39% como baixa.
A esquerda que a burguesia que
Não podemos deixar de mencionar o aumento da aprovação do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Após uma série de contradições com a política do Lula e uma tentativa de direcionamento econômico louvável pelo PSDB, Haddad tem a simpatia dos capitalistas.
Em março 10% dos capitalistas entrevistados consideravam seu trabalho como positivo, 52% como regular e 38% como negativo. Na pesquisa atual, 26% dos representantes do mercado financeiro avaliam o trabalho de Haddad como positivo, 37% como regular e 37% como negativo.
A evolução dos números denuncia o caráter pernicioso da política dos ministros atuais, que acabam por destoam das ações de Lula. Esses elementos da burguesia são elementos estranhos a um governo popular e emperram o seu desenvolvimento nesse sentido.
Um bom exemplo é o Ministro da Justiça e Segurança Flávio Dino, que, graças a seu relacionamento com outros setores da burguesia, fracassou totalmente em evitar as manifestações para desmoralizar o governo em 8 de março. O mesmo ainda tem uma postura totalmente repressiva e anti operária, para ele e muitos outros no governo o Estado burguês é a única via possível, e seu papel seria geri-lo bem.
Os capitalistas estão abertamente contra o governo Lula e a possibilidade desse governo atender minimamente a população. Infelizmente a política dos ministros de Lula acaba colaborando com os inimigos do governo.