Da Pedra Lascada a Pelé.
Quando o futebol foi criado pelos ingleses na virada do século XIX para o século XX, mais ou menos com as mesmas características que é jogado hoje, não poderiam imaginar os seus criadores que ele se tornaria o esporte mais popular de todo o mundo, desbancando esportes mais antigos e tradicionais. E muito menos previram que o futebol migraria da Europa para a América do Sul e aqui se tornaria extremamente popular entre as camadas mais pobres do povo.
No Brasil se tornou o esporte principal da classe trabalhadora, tanto para aqueles que praticavam como os que assistiam aos jogos.
Além disso, no Brasil o futebol se tornou algo diferente daquele que praticava na Europa. Aqui, adquiriu o jeito, o molejo, a criatividade, descontração e malícia do brasileiro.
O Primeiro Craque
Já nos tempos antigos, os craques da bola surgiram, como Arthur Friedenreich, Didi, Nilton Santos, e o maior deles, Pelé, dentre inúmeros outros que se listarmos aqui teríamos que criar uma enciclopédia.
Todo mundo hoje fala contra o racismo, mas se esquecem que foram os brasileiros na década de 20 do século passado que deram um basta nessa porcaria no futebol, exemplo disso foi o próprio Arthur Friedenreich, que apesar do nome germânico era filho de alemão com uma professora, Mathilde de Moraes e Silva, ele tinha a pele morena, provavelmente herdada de sua mãe.
Em 1919, o então presidente, Epitácio Pessoa, baixou uma lei proibindo jogadores negros ou mulatos de integrarem a seleção brasileira de futebol, em razão disso, Arthur, bem como todos os outros jogadores negros, ficaram impedidos de participar da seleção brasileira até 1922, quando a lei foi revogada.
Nesse intervalo, a seleção brasileira teve participações decepcionantes nos torneios quer participou, os branquelos não deram conta do recado e o povão voltou a seleção, provando por A + B que o futebol estava no sangue do brasileiro e não dos europeus que aqui desembarcaram.
Novos Gênios
De geração em geração foram surgindo novos craques, já aposentados, mas ainda na memória do povo brasileiro. Temos Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Roberto Carlos – para citarmos apenas alguns nomes.
Apesar dos ataques do imperialismo para depreciar o futebol brasileiro, temos atualmente craques como Neymar, Gabriel Jesus, Gaby Gol, Vini Jr, dentre muitos.
A impressa imperialista, na sua luta constante para destruir o futebol brasileiro, sempre arruma falsas polêmicas para tentar afastar o povo de seu esporte preferido. Dentre as táticas usadas está a de afirmar aos quatro ventos que os jogadores estrangeiros são melhores que nossos craques.
Nos primórdios do futebol havia pouca interação entre o futebol sul-americano e o europeu, no sentido de que jogadores brasileiros raramente iam para a Europa e praticamente nenhum estrangeiro vinha para cá. Hoje, o Brasil é o país que mais exporta jogadores pelo mundo. Graças aos brasileiros os europeus aprenderam alguma coisa da genialidade do nosso jogador.
Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno, devido ao poderio econômico, jogaram a maior parte de suas carreiras nos gramados europeus. Para a tristeza dos brasileiros, eles só podiam ser vistos pela televisão ou pela internet, graças ao pouco tempo que jogaram aqui, e ao sucesso nas copas, o povo brasileiro os tem como heróis nacionais.
Diante do boom dos jogadores brasileiros, a garotada de outros países em todo mundo se espelhavam nos craques de nossa terra para conseguirem entrar no concorrido mercado da bola.
Jogadores como Messi, Cristiano Ronaldo etc., não escondem sua admiração pelos jogadores brasileiros. Mas,, apesar de toda dedicação fora dos gramados não conseguiram atingir o mesmo patamar que nossos craques, a despeito de a imprensa imperialista dizer o contrário.
Para nós o futebol sempre foi uma brincadeira de criança, dar o drible da vaca, colocar a bola por entre as pernas do adversário, dar chapéu, então, nem se fala. Tudo isso que denota a habilidade, a alegria do jogo, está sendo penalizado na Europa, Já houve casos de jogadores brasileiros que receberam cartão amarelo por aplicar uma carretilha no adversário, ou por comemorar o gol de maneira irrverente.
As crianças brasileiras nunca precisaram de treino pra fazer isso, na verdade elas criaram essas jogadas em suas peladas nos campinhos de rua ou de várzea espalhadas por qualquer descampado pelo Brasil afora, em muitos casos jogavam em terrenos com alguma subida ou descida, ou morros no meio do campo, sem grama, só na terra mesmo.
Se existe hoje alguma criatividade no futebol europeu, é graças à convivência diária com os jogadores brasileiros que eles aprenderam alguma coisa, mas ainda estão muito aquém de um Romário ou de um Ronaldo Fenômeno.