Dois dias depois que sua unidade derrubou o presidente Mohamed Bazoum, do Níger, Abdouragmane Tchiani, chefe da guarda presidencial, nomeou-se chefe de um governo de transição no país da África Ocidental. O anúncio foi feita nesta sexta-feira (28) na televisão estatal, afirmando que era o “presidente do Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria”.
De acordo com o general, de 62 anos, a intervenção foi necessária para evitar “o fim gradual e inevitável” do Níger, criticando Bazoum por tentar convencer o povo de que “tudo está indo bem… a dura realidade [é] uma pilha de mortos, imigrantes, humilhação e frustração”.
Desde a manhã da quarta-feira (26), guardas presidenciais do Níger estão mantendo o presidente Mohamed Bazoum dentro do palácio presidencial da capital, bloqueado por veículos militares.
Os ministérios próximos ao palácio também foram bloqueados. De acordo com fontes da presidência e da segurança, os funcionários dentro do palácio não conseguiram acessar seus escritórios.
Segundo comunicado oficial da presidência, o presidente e sua família estão bem. Ademais, a nota informa que o exército nacional está pronto para atacar os membros da guarda presidencial caso não recuem no movimento denominado pelo texto de “antirrepublicano” e “em vão”.