A reação histórica realizada pelo Hamas, maior grupo de resistência palestina no dia 7 de outubro escancarou a enorme crise que o Estado sionista de Israel enfrenta no oriente-médio. O Estado formado de forma artificial por um lobby sionista com o imperialismo nos anos 40 enfrenta hoje sua maior crise e para se manter de pé, prosseguindo seu massacre contra a população árabe, necessita cada vez mais investir em propaganda e na censura de todos aqueles que denunciem a menor das barbaridades cometidas por Israel.
Em todo o mundo o problema é perceptível. Antes mesmo do confronto escalar na região, a política de censura dos países imperialistas aumentava rapidamente. No ano de 2023, o governo francês já endurecia as leis contra os imigrantes, nos Estados Unidos aumentava-se a repressão contra todos aqueles que denunciassem o imperialismo diante da crise na guerra da Ucrânia e na Europa, até mesmo shows como de Roger Waters foram censurados. No entanto, com o conflito na faixa de Gaza está política de censura escancarou-se rapidamente.
A crise é tamanha que mesmo os principais órgãos de imprensa da burguesia admitem que a censura pode estar sendo extrapolada. Segundo a revista Época:
“Desde os primeiros dias do conflito, foram apontadas medidas de censura contra discursos pró-Palestina em Instagram e Facebook. A Meta, dona de ambas as redes sociais, nega tal política, dizendo que, com mais postagens sobre o conflito surgindo, “conteúdos que não violam nossas políticas podem ser removidos por engano”, aponta o The Guardian.”
Além disso:
“Uma investigação independente conduzida pela consultoria Business for Social Responsibility já havia apontado que a Meta violou direitos humanos palestinos ao censurar conteúdo relacionado aos ataques de Israel a Gaza em 2021 – antes do conflito atual.
Mesmo atualmente, problemas também foram notados com relação à moderação algorítmica da Meta. No Instagram, o recurso de tradução automática adicionou por engano a palavra “terrorista” a perfis palestinos; o WhatsApp, também de propriedade da Meta, criou ilustrações de IA de crianças empunhando armas quando havia a palavra “Palestina” na solicitação.”
“As remoções injustificadas durante crises como a guerra em Gaza privam as pessoas do seu direito à liberdade de expressão e podem exacerbar o sofrimento humanitário.” Declarou a Electronic Frontier Foundation (EFF).
Recentemente no Brasil, mesmo jornalistas conhecidos a nível nacional, como Breno Altman estão sendo vítimas de censura e perseguição política pelo lobby sionista. Aproveitando-se da total desfiguração da constituição nacional por parte do STF, a extrema-direita agora faz campanha com o imperialismo e o sionismo para perseguir e censurar todos aqueles que denunciam o Estado criminoso de Israel.
A campanha de censura existe pois Israel é um Estado artificial que existe apenas devido ao grande financiamento internacional do imperialismo para mantê-lo de pé. Com o aprofundamento do genocídio, as redes sociais rapidamente revelaram os crimes de Israel e colocaram em xeque a sua frágil reputação a nível mundial. Para continuar existindo, Israel precisa impedir que a crise se expanda e que o imperialismo possa continuar sem maiores dificuldades financiando seu genocídio.