Jean Paul Prates, presidente da Petrobrás, anunciou que a estatal vai retomar a produção de fertilizantes na fábrica Araucária Nitrogenados. A subsidiária da Petrobrás, localizada no Paraná, está sem produzir desde 2020 desde que Bolsonaro a colocou nos planos de venda. Segundo Prates, depois de realizar investimentos e adequações para atender às normas regulatórias, a operação pode ser retomada já no 1º semestre de 2024.
A notícia é muito importante, pois revela uma tendência do governo Lula, ainda que bem discreta, de reverter a política privatizadora iniciada no golpe de 2016, com a subida do governo Michel Temer, e mantida durante os quatro anos de Bolsonaro. No caso da subsidiária, como o processo jurídico de privatização sequer foi iniciado, ficou fácil para que a direção da Petrobrás, agora sob o governo Lula, decidisse reativar a fábrica.
O governo Bolsonaro encerrou a produção na fábrica em 2020 com a alegação de daria prejuízos, na verdade, uma desculpa para preparar a privatização. A decisão gerou uma crise econômica e social nos municípios vizinhos de Araucária (PR) onde se localiza a fábrica.
A decisão da atual gestão da Petrobrás serve para desmentir a campanha daqueles que querem vender todo o patrimônio nacional.
A Araucária Nitrogenados pode produzir cerca de 1.900 toneladas por dia de ureia e 1.300 toneladas por dia de amônia, usadas na produção de fertilizantes agrícolas. No momento, apesar da enorme produção agropecuária do Brasil, o país é totalmente dependente da importação de fertilizantes. A retomada da produção vai reduzir essa dependência.
A política neoliberal colocada em marcha pelos golpista é um crime contra o povo e contra a economia nacional.
É preciso impulsionar a política de reversão de tudo o que foi colocado no plano de privatização de Temer e Bolsonaro e estatizar aquilo que foi privatizado, como é o caso da Eletrobrás.