Enquanto os banqueiros continuam nadando em dinheiro às custas dos trabalhadores, a direita golpista, serviçal desses mesmo banqueiros, nas instituições do Estado continuam aprofundando a política de ataques aos trabalhadores e à população em geral, como, por exemplo, mantendo a taxa de juros do Banco Central na estratosfera.
Os banqueiros, que vêm nestes últimos anos obtendo os maiores lucros já vistos na história deste País, graças em grande medida à política econômica do governo anterior de Bolsonaro, que tinha à frente do Ministério da Economia o Chicago boy, Paulo Guedes, contam, mais uma vez, com a colaboração da direita golpista no sentido de impor, novamente o arrocho salarial à categoria.
Somente no ano passado, os cinco maiores bancos bateram recordes de lucros. Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú/Unibanco e Santander somaram R$ 106,7 bilhões. O total de ativos desses bancos atingiu R$ 8,9 trilhões, alta média de 9,2% em comparação ao ano anterior.
Diante dos astronômicos lucros, a burocracia sindical, com a desculpa do acordo bianual, abandonou a luta pela reposição salarial e a categoria bancária irá amargar um “ganho real” de 0,5%, ou seja, no frigir dos ovos a categoria bancária terá os seus salários rebaixados, pois todo mundo sabe que os índices de inflação são verdadeiramente manipulados, na maioria das vezes maior do que anunciado pelos órgãos de pesquisa.
A cada dia se agrava a situação de vida dos bancários por meio do arrocho salarial, demissões, piso salarial rebaixado, assédio moral, etc., essa é a situação que os bancários estão passando.
A defesa das necessidades mais sentidas dos trabalhadores bancários passa antes de tudo pela luta em torno da reposição integral das perdas salariais, pela organização urgente da luta contra as demissões, jornada de seis horas para todos e contra a terceirização. A única forma de barrar a ofensiva dos banqueiros e arrancar as suas reivindicações é através da unificação da categoria, preparando um forte movimento unitário de todos os trabalhadores do ramo financeiro.
A Conferência Nacional dos Bancários, que acontece neste final de semana em São Paulo, deve ser um fórum de uma intensa discussão no sentido de se organizar um gigantesco movimento da categoria para barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros e seus lacaios. Organizar um forte movimento nacional e não depositar nenhuma confiança nos seus inimigos históricos, ou seja, os banqueiros.