O músico e compositor bósnio Goran Bregovic e sua banda, foram proibidos de entrar na Moldávia, onde estavam programados para se apresentar em um festival folclórico, o Gustar Festival, por suas já antigas posições e declarações em apoio à Rússia. Em uma postagem o artista questionou o motivo de ter tido sua entrada proibida no país.
As autoridades usaram como justificativa para o ato de repressivo uma suposta “analise de risco” estabelecida depois da obtenção de “informações” do serviço de inteligência e segurança bem como também de “parceiros internacionais”. Foi dito também como forma de justificar o ato que Bregovic, estava em uma suposta lista nacional de pessoas indesejáveis desde 2022 devido a suas opiniões em apoio a Rússia.
O país que se localiza espremido entre Romênia e Ucrânia, com uma importante fronteira com Ucrânia, desde o início da guerra, tem adotado uma política cada vez mais pró-imperialista se entregando totalmente a OTAN, e a cada dia que passa mais hostil à Rússia, um exemplo dessa hostilidade é a ordem do governo no mês passado de reduzir mais de dois terços da embaixada russa, além é claro da ampla campanha contra a Rússia e a repressão contra qualquer tipo de manifestação em apoio a seu grande inimigo, isso tudo claro profundamente coordenado por parte do imperialismo e da OTAN, sempre por trás desse tipo de política repressiva.
Bregovic já teve suas apresentações barradas em outros países por conta da repressão por parte da OTAN e do imperialismo. O cantor teve seu destino selado, e de vez comprou a briga em 2015 após uma apresentação polêmica na Crimeia , território anexado pela Rússia durante a guerra, e que o artista não somente fez a apresentação como também se colocou abertamente e claramente em favor da anexação do território, e do lado da Rússia na guerra.
Após essa apresentação, o músico teve sua entrada proibida em território ucraniano e foi banido de se apresentar em um festival Polonês, coisa que na época o fez se colocar a respeito, de acordo com Bregovic essa atitude dos países “do ocidente” é uma perseguição paranóica contra a Rússia e se declarou um admirador da “grandeza Russa”.
Desde então o artista de 73 anos não voltou atrás em sua posição pró Rússia, pelo contrário somente a intensificou, por esse motivo o país, na fronteira com a Ucrânia, mergulhado na política pró-imperialista repressiva, barrou a entrada de Bregovic e sua banda, E como se não bastasse a tal “analise de risco” que usaram como justificativa, reforçaram também que por conta da guerra aumentaram o controle em suas fronteiras e radicalizaram suas políticas quanto a estrangeiros, ou seja aumentaram repressão contra qualquer forma de apoio a Rússia, inclusive formas estrangeiras.
A própria imprensa do país coloca claramente que as declarações pró-Rússia do artista tiveram papel fundamental na decisão, porém o governo não se pronunciou claramente sobre o fato, mesmo após o questionamento direto não somente por parte de Bregovic mas também por parte do público e de outras nações principalmente da Bósnia (país natal do músico), que exigiu uma explicação para a proibição, afirmando que tal decisão “ não corresponde às relações amistosas tradicionais entre a Bósnia e Moldávia. ”
Esse caso é só mais um exemplo da vasta, sistemática e intensa política repressiva que o imperialismo de conjunto vem tomando ao redor do mundo, não somente contra a Rússia, mas contra todos que a apoiam seja país, organização ou até mesmo artista, o aumento da repressão é evidente; e seja da maneira que for, seja quem for, qualquer posicionamento pró-Rússia ao redor do mundo é reprimido imediatamente, ou pelos menos há a tentativa de repressão.
Mesmo com toda a tentativa de calar ou esconder qualquer tipo de manifestação em favor da Rússia e a campanha frenética contra a o país “inimigo” e pró-Ucrânia o imperialismo que se encontra numa profunda crise tem dificuldade em controlar a situação política, que só se agrava com a guerra e com as inúmeras revoltas pelo globo, por isso a cada vez mais os verdadeiros interesses da OTAN e do imperialismo americano ao apoiar a Ucrânia, vão ficando mais evidentes, até mesmo quem não queria ver tem que reconhecer, não é uma luta entre Rússia e Ucrânia e sim uma luta da classe trabalhadora russa em defesa da soberania de seu país contra a dominação e a exploração do imperialismo.
Quanto mais o tempo passa mais claro isso fica, e mais aliados a Rússia e a luta anti-imperialista ganham, por isso essa repressão desenfreada e profunda, reflete o medo de até mesmo um simples músico conseguir gerar algum tipo de problema (mesmo que pequeno), ainda mais em um país que faz fronteira com Ucrânia, é desmoralizante para o imperialismo sua falta de capacidade de controle, só demonstra o tamanho da crise em que estão afundados.
É por isso que o nosso apoio a Rússia e a todos que se posicionam pró-Rússia e contra o imperialismo não somente se mantém mas só se intensifica, assim como o apoio a todos os países atrasados que se levantam contra o jugo do imperialismo.