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Campanha golpista

Mulheres negras e lavajatistas, eis as preferidas das ONGs

À medida que ganha contornos mais claros, torna-se também mais evidente que a histeria em torno da “mulher negra” é realmente uma ofensiva contra o País

O sítio oficial da Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE) traz um perfil da juíza federal Adriana Cruz, onde se diz, taxativamente, que em 2015, Cruz “foi convocada como magistrada instrutora no Gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso”. 2015, não custa lembrar, foi um ano marcado plena ascensão da campanha golpista que um ano depois derrubaria a então presidenta da República, Dilma Rousseff. Na época, Barroso era justamente um dos mais destacados lavajatistas do Supremo, tendo inclusive orientado o então procurador federal, Deltan Dallagnol, sobre como conduzir a operação golpista, com Cruz a tiracolo.

O que faz uma “magistrada instrutora”? Segundo o portal jurídico JusBrasil, “cabe ao magistrado instrutor designar e realizar as audiências de interrogatório, inquirição de testemunhas, acareação, transação, suspensão condicional do processo, e outras; requisitar testemunhas e determinar condução coercitiva, caso necessário; expedir e controlar o cumprimento das cartas de ordem; determinar intimações e notificações; realizar inspeções judiciais; entre outras funções” (“Juíza Andremara dos Santos assume cargo de magistrada instrutora no STF”, 2015). Ou seja, é quem organiza os trabalhos práticos, a pessoa que faz o que o ministro aparece fazendo.

O papel de destaque e o lado assumido por Cruz em um dos momentos mais marcantes da luta política no País desde o fim da Ditadura Militar, explica o impressionante fluxo de dinheiro que movimenta a campanha da “mulher negra” no STF, e mais ainda, o caráter abstrato da campanha. Não se falava um nome e nem definia quem seria a tal “mulher negra”, uma questão chave para posto vital, mas que é deliberadamente colocada de maneira abstrata o bastante para que qualquer criminosa inimiga do Brasil e do povo brasileiro possa ocupar a vaga.

Embora o nome da “ministra negra” não apareça na cara campanha feita para impulsioná-la, o nome de Adriana Cruz vem aparecendo de maneira sutil, mas constante na máquina de propaganda do imperialismo. A título de celebrar a consciência negra, o jornal Folha de S. Paulo tirou uma matéria tecendo elogios à juíza: 

“Quando falamos de falta de mulheres na magistratura, a gente fala de falta de mulheres pretas. Estamos falando da Justiça Federal, mas em todos os tribunais o percentual é o mesmo. O percentual de mulheres autodeclaradas pretas é de 1% a 2% em qualquer tribunal do país,” disse Cruz em entrevista à Folha (“Juízes negros se unem contra desigualdade racial nos tribunais e cobram avanço em cotas”, Wálter Nunes, 26/12/2020). À época (2020), Cruz e mais um grupo de togados organizavam então um encontro de magistrados negros, Grupo de Trabalho sobre Igualdade Racial no Judiciário, instituído pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), com objetivo de ampliar as cotas criadas para o acesso ao judiciário. 

Em outra matéria do mesmo jornal, a togada aparece sorridente ao ocupar o posto de secretária-geral do CNJ – ainda sob a presidência do mentor Barroso -, como a ocupante de um “espaço coletivo”, no qual “estão depositadas as expectativas das pessoas que buscam ser ouvidas pelo Judiciário, assim como a de mulheres negras para quem a juíza trabalha para abrir caminho e a memória das ancestrais que a guiaram até ali.” (“Juíza negra assume secretaria do CNJ e luta para não ser exceção”, Géssica Brandino, Priscila Camazano, 9/9/2023).

A matéria vai além e quebra o suspense sobre a “mulher negra” no STF:

“Em meio à abertura de vaga no STF, que nunca teve uma ministra negra em sua composição, o nome da juíza passou a ser cotado por movimentos sociais. Atual presidente e uma das duas mulheres da corte, Rosa Weber se aposentará neste mês.”(Idem).

Segundo Folha, entre os “movimentos sociais” que reivindicam a vaga à ex-assessora de Barroso nos tempos áureos da Lava Jato, estão o misterioso Mulheres Negras Decidem (MND) e “Frei David, coordenador da Educafro”, ONG fortemente impulsionada pelo golpista Grupo Globo. No sítio Gênero e Número, uma matéria de 24 de agosto apresenta a lista tríplice do MND: Adriana Cruz, Lívia Sant’Anna Vaz, Soraia Mendes.

À medida que ganha contornos mais claros, torna-se também mais evidente que a histeria em torno da “mulher negra” é realmente uma orquestração golpista. A esquerda e os movimentos sociais reais, com presença nas ruas e que não estão apoiados pelo imperialismo devem se opor à campanha, denunciá-la como o que realmente é: o início de uma ofensiva dos inimigos do povo brasileiro contra o presidente Lula e contra o País.

Vacilar nesse enfrentamento implica em fortalecer o lavajatismo. E isso a esquerda, os trabalhadores da cidade e do campo, e os estudantes não podem permitir.

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