Na última quinta-feira (02), faleceu, em um hospital em Los Angeles, o saxofonista e compositor norte-americano Wayne Shorter aos 89 anos. Shorter foi um dos maiores saxofonistas e compositores da história do Jazz, recebendo diversos prêmios pela sua obra. Uma perda para o mundo da cultura e da arte, sua obra, no entanto, permanece para a posteridade.
Wayne Shorter iniciou sua carreira musical na década de 1960. Com cerca de seis décadas de carreira, passou por diversos e importantes grupos musicais, como Art Blakey’s Jazz Messengers, Miles Davis’s Second Great Quintet e Weather Report.
Sendo grande solista, é considerado um inovador no Jazz, dando novos contornos ao gênero musical. O compositor é considerado também um gênio da improvisação, em 2017 foi agraciado com o Polar Music Prize, um prêmio sueco, considerado o Nobel da música. Segundo o júri: “Sem as explorações musicais de Wayne Shorter, a música moderna não teria chegado tão fundo”.
Em 1974 é lançado o seu 15º álbum, Native Dancer em parceria com o cantor e compositor brasileiro Milton Nascimento, dois monumentos da cultura universal, num álbum de beleza indescritível. Milton Nascimento se manifestou nas redes sociais dobre a morte do músico e amigo:
“Hoje é um dos dias mais difíceis da minha vida. Dia de me despedir de parte de tudo o que eu sou. Wayne Shorter foi – e sempre será – mais do que um parceiro musical. Desde que nos conhecemos, nunca nos separamos. Em 1975, ele me convidou para gravar o “Native Dancer”, e mudou a minha vida e carreira pra sempre”.
O mundo se despede tristemente de um dos grandes artistas do século XX, agradecido, no entanto, pela obra deixada, que torna e continuará tornando mais bela a vida.