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Palestina

Monstruosidade sionista e combates marcam 83º dia da guerra

80 cadáveres em posse de "Israel" foram devolvidos com sinais de mutilação e ausência de órgãos, reforçando o caráter criminoso do regime israelense

Em uma atualização dos crimes de “Israel” contra o povo palestino, aproximadamente 80 corpos de mártires árabes mortos pelo exército israelense foram devolvidos à Faixa de Gaza no último dia 26, sendo recebidos pelo Ministério da Saúde. Segundo o Escritório de Comunicação do Governo em Gaza, os corpos entregues foram “mutilados”, o que levou o governo do Hamas a acusar os israelenses de removerem “órgãos vitais deles”.

O sítio sionista The Jerusalem Post alega se tratarem de “informações falsas”. Apesar de o governo israelense não ter se pronunciado sobre o caso oficialmente, o jornal supracitado defende os seus, trazendo o que seria uma explicação técnica, apresentada por um porta-voz militar, para o fato de órgãos vitais estarem faltando:

“‘As dificuldades em identificar aqueles que foram assassinados tornam necessário transferir esses corpos para Israel para identificação forense,’ afirmou o porta-voz, acrescentando que isso está em conformidade com ‘análises de rotina que seguem padrões forenses internacionalmente aceitos’ a fim de descartar a identificação deles como reféns israelenses.” (“Why do Israel’s enemies claim it harvests Hamas terrorists’ organs?”, Maya Zanger-Nadis, 29/12/2023).

Às monstruosidades cometidas por “Israel” somam-se outras, como as denúncias de que, apesar do desenvolvimento desfavorável no campo militar, as forças sionistas mantêm sua política de terror e rapina do povo palestino, o que inclui o roubo de US$2,76 milhões de lojas e bancos na Cisjordânia. Outra matéria do sítio Al Mayadeen informa que “as forças de ocupação israelenses roubaram dinheiro da Cisjordânia no valor de cerca de $2,76 milhões durante uma grande operação que visou várias cidades simultaneamente” (“Israeli occupation forces steal $2.76 mln from West Bank shops, Banks”, 28/12/2023).

Conforme a denúncia apresentada pelos libaneses, os israelenses invadiram várias cidades na Cisjordânia de uma só vez, invadindo bancos e casas de câmbio, apreendendo grandes quantidades de dinheiro, conforme relatos oriundos da Cisjordânia e da Quds News Network (QNN).

Em Jenin, a QNN revelou que os sionistas invadiram o Arab Bank e o Al-Quds Bank, bem como o Al-Khaleej Exchange e a Fakhr al-Diín Exchange Company, apreendendo tudo o que achavam.

O sítio libanês cita ainda o portal de notícias israelense Ynet, para informar que 10 milhões de shekels (US$ 2,76 milhões) foram roubados em toda a Cisjordânia durante a operação noturna e cerca de 20 proprietários de lojas foram detidos. No entanto, o sítio libanês informa que “confrontos persistem em várias partes da Cisjordânia enquanto as Forças de Defesa de “Israel” (FDI) realizam suas incursões no território palestino. Al Mayadeen relata que, desde as primeiras horas da última quinta-feira (29), as incursões das forças sionistas nas cidades e campos da Cisjordânia foram recebidas por combatentes da resistência palestina, com tiros e dispositivos explosivos.

Nos combates do último dia 29 entre os sionistas e palestinos da Cisjordânia, a imprensa palestina informou que 12 árabes ficaram feridos e um jovem palestino, Hazem al-Qattawi, foi morto pela ocupação israelenses durante confrontos em Ramalá. Segundo Al Mayadeen, entre os feridos está o jornalista Salman al-Khatib. O portal libanês prossegue relatando como foram os combates:

Confrontos armados intensos e contínuos entre a Resistência e as forças de ocupação israelenses no rotatória de Jalbouni em Jenin, perto da rotatória do Cinema e do hospital governamental na cidade.

Nossas fontes destacaram que grandes partes de Jenin sofreram cortes de energia devido ao alvo israelense de um dos transformadores de energia. A mídia palestina também relatou explosões altas em Jenin, coincidindo com as forças israelenses lançando sinalizadores iluminantes.”

Dados do sítio libanês Al Mayadeen (“Disabled Israeli soldiers to reach 20K if mental disorders included”, 28/12/2023) informam que pelo menos 501 militares israelenses morreram desde o 7 de Outubro, quando os grupos armados pela libertação da Palestina atacaram bases israelenses e tomaram reféns, visando trocá-los por prisioneiros palestinos capturados por “Israel”. Até o último dia 29, as tentativas de incursões das forças sionistas contra a Faixa de Gaza ocasionaram ainda mais de 20 mil feridos com deficiência, entre os israelenses, incluindo pessoas com graves transtornos mentais, um cenário que lembra a derrocada norte-americana no Vietnã, nos anos 1970.

Ainda segundo Al Mayadeen, à rede norte-americana Bloomberg o dirigente de uma organização dedicada aos veteranos deficientes (Zahal Disabled Veterans Organization), Edan Kleiman, acrescentou que esta é a primeira vez que as fileiras israelenses testemunham um número tão alto de feridos com deficiência. Na mesma matéria, o órgão libanês cita cientista político israelense e professor de política militar pública, Yagil Levy, segundo o qual “pode haver um impacto de longo prazo se virmos uma grande taxa de pessoas com deficiências que Israel deve reabilitar, o que pode causar problemas econômicos e sociais”.

O roubo de propriedades e até de cadáveres, isto é, a limpeza étnica e o genocídio cometido por “Israel” contra os palestinos, reforçam o tamanho do nazismo dispensado aos palestinos. Tendo o terror como arma para sustentar sua ocupação criminosa, todos os dias reforçam-se as comprovações de que não há possibilidade de paz aos palestinos, exceto pela força das armas e da valentia de seus heroicos guerrilheiros, expulsando os invasores de suas terras e retomando a Palestina como uma nação livre e soberana.

Próximo ao fim do ano, com mais de 80 dias de batalha, a barbárie israelense contra o povo palestino deixou pelo menos 20.915 mil palestinos mortos e mais de 54.536 feridos. Do lado israelense, o número de civis mortos no 7 de Outubro foi novamente revisado para baixo: 1.139 segundo o órgão Mondoweiss (“‘Operation Al-Aqsa Flood’ Day 82: Israel accused of harvesting organs from dead Gazans”, Leila Warah, 27/12/2023).

Contudo, mesmo as dezenas de milhares de mortos não conseguem arrefecer minimamente o espírito de luta do povo palestino. Pelo contrário. A eclosão de combates na Cisjordânia demonstra uma ascensão da radicalização palestina, essencial para a libertação de seu país e o fim dos crimes atrozes que chocam milhões de pessoas no mundo, também ávidos pelo fim do martírio do povo palestino.

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