A Direita, representante dos inimigos do povo, vem se aproveitando dos infelizes episódios ocorridos recentemente em São Paulo e Santa Catarina, onde dois sujeitos desequilibrados entraram em uma escola e em uma creche, respectivamente, munidos de uma faca no caso paulista e de um machadinho no catarinense para matar e ferir alunos e professores, não para proteger a comunidade escolar mas sim para aumentar a repressão e o terror em cima de professores e alunos.
Dentre as soluções ventiladas pelos jornais da burguesia, destacam-se coisas absurdas como exigir o uso de mochila transparente, monitoramento das redes sociais e aumento do policiamento nas escolas.
Reportagem do jornal “O Globo”, ressalta a atuação, em países da Europa e nos Estados Unidos, da chamada “Rede de Conscientização sobre Radicalização”, um agrupamento formado por “especialistas”, que mapeia discursos “radicais” de estudantes na internet e podem ser acionados pelas famílias para contestar as ideias “extremistas” de alunos e evitar a sua radicalização….um nítido método de censura, que com certeza só serve aos interesses da burguesia.
Quanto ao aumento do aparato policial é preciso destacar que episódios como os ocorridos recentemente não são uma realidade cotidiana nas escolas e creches país afora, de modo que a presença policial dentro desses estabelecimentos inevitavelmente acabaria se voltando à repressão e censura abusiva dos estudantes.
Além do mais o exemplo norte americano nos mostra que a repressão dentro das escolas não diminui a ocorrência de massacres como os de Santa Catarina e São Paulo.
Nos EUA, desde o famoso episódio, em 1999, na escola Columbine High School, no Colorado, tem se um aumento contínuo de investimento no aparato de segurança dentro das escolas. No ano de 2021, chegou-se a um gasto recorde de mais de 3 bilhões de dólares em câmeras de segurança, sistemas e serviços de vigilância que incluem interfones, detectores de metais e até mesmo botão de pânico e sala com fechaduras que permitem trancamento interno.
Ainda assim, foi exatamente no ano de 2021 que o país chegou ao recorde de 222 casos envolvendo tiroteio de arma de fogo nas escolas, 100 a mais do que o registrado em 2019,até então o maior número.
O recorde do ano de 2021 foi quebrado já no ano de 2022,quando em junho já haviam sido registrados mais de 250 ataques por arma de fogo em escolas americanas.
O exemplo americano deixa claro que o investimento em aparato de repressão não é a solução para casos de violência e muito possivelmente inclusive pioram a situação.