Sob a farsa de que os trabalhadores com seus gastos miseráveis ou com seus minguados reajustes salariais impulsionam a inflação, banqueiros e seus defensores da política de juros altos inibem o crescimento do país e fazem o povo trabalhar para pagar juros.
Guardião dessas política, o Banco Central (BC), sob a presidência do bolsonarista Roberto Campos Neto, atua como um verdadeiro capacho dos EUA e mostra uma fidelidade canina com os interesses dos banqueiros, ficando na contramão de um projeto autônomo de desenvolvimento nacional.
Tudo pelos bancos
O BC aplica a maior taxa de juros do mundo, atualmente 13,75%, turbinando de conjunto os preços da economia, impactando os custos gerais de produção. Com isso, a dívida pública é multiplicada sistematicamente. Só no ano passado, ela aumentou R$ 464 bilhões, crescendo de R$ 7,643 trilhões para R$ 8,107 trilhões, cerca de 80% do PIB brasileiro nesse mesmo ano; mesmo após os bancos terem sugado R$ 1,9 trilhão do orçamento federal,
Sob o comando do bolsonarista Campos Neto, o BC opera como mero executor da transfusão de parte polpuda do orçamento federal para os cofres dos banqueiros. Nos últimos anos, cerca da metade de tudo que é arrecadado pelo governo em impostos é direcionado para os bancos para pagamento da fraudulenta dívida pública, juros e serviços da dívida.
O que foi “sugado” pelos bancos no ano passado equivale a 14 vezes mais que os gastos em saúde e 17 vezes mais do os gastos em educação. Enquanto os bancos ficaram com 46% dos recursos, os gastos sociais receberam ínfimos 4,27%.
Neste ano, os larápios da riqueza nacional, se não forem impedidos, podem levar mais de R$ 2,5 trilhões, cerca de R$ 6,9 bilhões por dia!
Isso provoca uma verdadeira anemia na economia do País, que fica sem recursos para investimentos que atendam às necessidades da população, gerem empregos etc.
Estamos sob uma ditadura dos bancos, que submetem toda a economia nacional aos seus interesses, impedindo o desenvolvimento nacional e o crescimento econômico do país.
Atos em frente ao Banco Central
Para o próximo dia 21, a CUT, a Frente Brasil Popular e outras entidades, estão convocando atos em frente ao BC, pela imediata redução da taxa de juros e por “Fora, Campos Neto”.
É preciso superar a política de setores da burocracia sindical e da esquerda pequeno-burguesa de realizar atos demonstrativos, para os quais não se convoca amplamente os trabalhadores e a juventude, e são realizados apenas com a presença de um punhado de dirigentes.
É preciso ampliar a convocação nos locais de trabalho e nos bairros populares, para fazer desses atos um ponto de partida, para uma ampla mobilização dos trabalhadores e suas organizações contra essa política criminosa e por suas reivindicações diante da crise.