20 anos depois

Mobilizações da Guerra do Iraque

Em março a invasão ao Iraque competa 20 anos e os EUA e aliados continuam com a mesma política de guerra e miséria

No ano de 2003, ano de uma nova invasão ao Iraque, diversas manifestações populares protestaram contra a iminente invasão americana e seus aliados capachos, como os ingleses. Essa invasão se deu em decorrência dos ataques às torres gêmeas de Nova York em 11 de setembro de 2001. A invasão americana completará 20 anos neste ano de 2023.

A despeito de todos os protestos, os Estados Unidos implantaram uma antidemocrática política antiterror contra os seus inimigos. Foi a lei Antiterrorismo, criada por George W. Bush, pela qual o Estado americano poderia prender qualquer suspeito de terrorismo, desrespeitando um direito fundamental da presunção de inocência e das liberdades individuais. O objetivo dos americanos era capturar o suspeito pelos ataques, Osama Bin Laden, mas essa primeira operação fracassara.

No período de invasão americana ao Iraque o governo liberou cerca de 370 bilhões de dólares para investir em armas. Com o fracasso na captura de Bin Laden, os americanos investiram também contra outros países incluídos no chamado “eixo do mal”, no qual faziam parte Irã e Coreia do Norte.

Nesses anos de invasão e sofrimento do povo iraquiano, os Estados Unidos denunciaram supostas armas químicas e biológicas no país, mas a acusação ficou provada como uma farsa em 2003 pela Organização das Nações Unidas (ONU), que nada provou sobre as denúncias. Em março de 2003, contrariando e desrespeitando todos os órgãos internacionais e os protestos populares pelo mundo, os Estados Unidos e aliados (Itália, Inglaterra, Espanha e Austrália) invadem o Iraque, impuseram um severo bombardeio e destruíram o país por vários anos, causando desestabilidade e miséria.

A saída dos Estados Unidos do Iraque depois de oito anos de resistência foi uma vitória dos iraquianos diante do imperialismo. Assim como aconteceu com o Iraque ao se libertar desses oito anos de ocupação, o Afeganistão também impôs em 2021 uma derrota a esse tipo de ocupação americana depois de duas décadas de destruição.

Hoje vemos mais um país definhar por causa do imperialismo, a Síria. Ela é atacada pelo imperialismo, sofre com mais um desastre natural (terremoto) e continua sendo embargada economicamente pelos países imperialistas aliados do país mais explorador e inimigo dos povos oprimidos, os EUA. Não estão realizando nenhuma ajuda humanitária, estão é violentamente mantendo os absurdos e desumanos embargos.

Por outro lado,  a  esquerda pequeno-burguesa vem intensificando um retrocesso político muito grande ao não apoiar a luta desses povos oprimidos contra o imperialismo. Iraque, Síria, Afeganistão e agora a Rússia, dentre outros, estão sendo abandonados por esses agrupamentos políticos justamente nos momentos em que eles mais precisam de apoio político na guerra contra os opressores. Essa esquerda pequeno-burguesa abandonou a luta de classes, adotou o reacionarismo do identitarismo e continua sem entender o processo político, capitulando por inocência ou de forma cínica e traidora ao apoiar os inimigos da classe operária mundial.

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