Não é segredo para ninguém que Bolsonaro sempre fez demagogia com o termo nacionalista, se dizendo um grande defensor dos interesses do Brasil. Um governo que é fruto de um golpe de Estado e de um estelionato político como foi a falsa prisão do atual presidente Lula, é óbvio que estaríamos diante de um mandatário capacho dos Estados Unidos e do imperialismo.
Logo após o golpe de 2016, os ataques às empresas estratégicas nacionais começaram desenfreadamente. O petróleo sempre foi o principal alvo dos golpistas, por consequência a Petrobrás e toda sua cadeia de produção e refino de combustíveis. A privatização direta de uma empresa tão importante para o país poderia chamar atenção demais, sendo assim Bolsonaro logo após eleito começa a desmembrar a empresa e vender o patrimônio do povo aos pedaços, refinarias e distribuidoras, foram os primeiros a serem entregues ao capital privado.
Em entrevista para o Estado de S. Paulo, o advogado e economista Adolfo Sachsida, integrante da equipe do ex-ministro Paulo Guedes que ficou no governo do começo ao fim, afirmou que se reeleito, Bolsonaro iria privatizar a Petrobrás. Ainda segundo Sachsida: o atual governo tem uma visão de mundo muito diferente da deles, favorável ao PPI (preço de paridade de importação) sobre o Lula ele diz: “quem ganhou a eleição disse com todas as letras na campanha eleitoral que iria mudar a política de preços da Petrobrás.” PPI que foi implementada pelo governo ilegítimo Michel Temer pós-golpe.
Vou até dar uma nova informação aqui: nós iríamos privatizar a Petrobrás se o presidente Bolsonaro ganhasse a eleição. Embora muita gente não acreditasse que isso fosse possível, a privatização da Petrobrás estava sendo preparada pelo governo. Afirmou o ex-ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida.
A entrega do petróleo brasileiro é uma política da burguesia, da direita golpista e do imperialismo. É óbvio que Bolsonaro não passa de “patriota” de araque e seu governo nada mais era do que um vendilhão da pátria, visto o caso da Eletrobrás, a maior empresa de energia elétrica da América Latina vendida no final do seu mandato. Para não haver dúvida de que se trata de um plano direto do picareta capacho do imperialismo segue a fala de Sachsida quando informa Bolsonaro que a saída para baixar o preço do combustível no país seria a venda da empresa.
Sachsida para o Estadão: “Quando ele me chamou para ser ministro, no meio daquela discussão toda sobre a alta dos preços dos combustíveis, eu falei: “Presidente, existem maneiras estruturais de diminuir os preços da gasolina e do diesel no País”. Entre os pontos que eu listei para ele estava a realização dos estudos para a privatização da Petrobras. Eu disse: “Tem de ser assim. Nós temos de gerar competição nesse mercado e só isso é que vai diminuir os preços dos combustíveis e melhorar o atendimento”. Então, ele falou prontamente: “Vai adiante”. Eu perguntei: “Tenho o seu okay?”. Ele afirmou: “Tem”. No dia seguinte, antes de eu tomar posse no ministério, escrevi o que iria falar sobre essa questão no meu discurso e fui mostrar para ele. Antes de eu dizer o que era, ele já disse: “Sachsida, você tem a minha confiança”. Eu insisti: “Não, presidente, isso aqui é sério, e eu vou ler para o sr. o que eu vou falar. Eu quero saber se eu posso falar que nós vamos iniciar os estudos para a privatização da Petrobras”. Aí, ele respondeu: “Pode fazer e vamos em frente.”
Na mesma entrevista o ex-ministro afirma que quando mudou o governo todo esse processo de privatização da Petrobrás parou. E que Lula determinou a exclusão não só da empresa de petróleo brasileira como várias outras empresas nacionais dos processos de privatização que estavam acontecendo através do PPI (Programa de Parceria de Investimentos).
Portanto, para aqueles que dizem – incluindo setores da esquerda pequeno burguesa – de que Temer, Bolsonaro e Lula tem a mesma política econômica está redondamente enganado ou agindo de má fé quando afirma esse tipo de absurdo.


