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FBI x O povo

Mil presos políticos em 2 anos: EUA, país da perseguição política

A burguesia imperialista está transformando o julgamento da dita 'invasão do Capitólio" em um show de horrores contra a manifestação popular

A invasão do Capitólio, ato como ficou conhecida a manifestação no Congresso americano em 6 de janeiro de 2021, manifestação questionando o resultado das urnas, foi tido pela burguesia americana como “o maior ataque à democracia americana na história recente” como divulgado pela imprensa burguesa americana.

Dois anos depois, o FBI já prendeu mais de 950 pessoas e a investigação é considerada a maior já feita. A Polícia apreendeu vários vídeos feitos pelos manifestantes procurando situações para acusar e identificar manifestantes. A burguesia usa a polícia para produzir provas contra uma pessoa usando uma “prova” que a própria pessoa produziu, o que é ilegal.

Divulgado pela Universidade George Washington, em Washington, capital, 940 processos foram abertos contra os manifestantes e 482 réus se declararam culpados, enquanto outros 44 foram considerados culpados pela Justiça, sem que tenham se declarado culpados.

A sentença maior foi a de um ex-militar e policial aposentado de Nova York, Thomas Webster, 56 anos, que, segundo o FBI, por ter sido militar e policial, não pode exercer seu direito de cidadão de manifestação. Foi acusado de ter agredido com um mastro de bandeira e ter tentado enforcar outro policial. A agressão foi registrada pela câmera corporal do agente e por outros manifestantes.

Justiça negociou confissão de culpa para demonizar o episódio

Há dois brasileiros entre os condenados. Letícia Ferreira Vilhena, engenheira de Chicago, foi condenada em Outubro a duas semanas de cadeia, 60 horas de serviço comunitário e US$500 de multa após acordo em que tinha que se declarar culpada.

Seus advogados afirmaram no processo que ela não vota nos EUA e só foi assistir à manifestação e alegou que não houve violência nenhuma por parte dos manifestantes e que ela somente seguiu a multidão e passou 20 minutos dentro do Congresso.

O outro brasileiro, Eliel Rosa, do Texas, condenado a 12 meses de liberdade condicional, multa de US$500 e 100 horas de serviço comunitário, se declarou arrependido de ter participado da manifestação.

Segundo Jonathan Lewis, pesquisador da Universidade George Washington, a maioria das condenações menores foram dadas primeiro devido ao grande volume e as condenações maiores foram deixadas para o final. Os réus foram divididos em três: (1) público presente não violento, os “normais”; (2) os violentos, que reagiram às investidas dos policiais como podiam devido à brutalidade da polícia americana; (3) os radicais ligados a grupos extremistas, como Oath Keepers e Proud Boys. 

A vida pessoal de todas as pessoas está sendo vasculhada pelo FBI, esse é um dos motivos da demora nas condenações. O grupo Oath é um grupo armado considerado terrorista doméstico por “especialistas”, entenda-se os técnicos do FBI e da NSA que espionam as pessoas como foi denunciado por Edward Snowden.

“Pessoas que não apenas estiveram no Capitólio, mas que conspiraram por muito tempo antes do ataque e que foram ao local com a intenção específica de impedir a transferência pacífica de poder”, diz Lewis sobre grupo (3).

A Justiça condenou cinco membros do grupo. Elmer Stewart Rhodes 3º, 57, cofundador, e os demais foram condenados por conspiração sediciosa, obstrução de procedimento oficial e adulteração de processos. A pena máxima para cada um desses processos é de 20 anos de prisão, a sentença não foi promulgada.

Só houve uma absolvição até agora, Matthew Martin, do Novo México, que disse que entrou na manifestação porque achou que era organizada por Trump e não havia nenhuma barreira policial indicando que havia alguma ilegalidade no local.

O próprio ex-presidente Trump é alvo das investitações e a Justiça americana junto com o FBI querem transformar as condenações à manifestação um exemplo para que o povo fique aterrorizado só de pensar em se manifestar. A Justiça americana passa por cima da Constituição, usando como álibi o combate ao terrorismo, mostrando que ela e o FBI foram criados para fazer a vontade da burguesia contra a população trabalhadora.

Manifestante que, protestando contra o resultado das urnas que considerou irregular, senta-se na cadeira do presidente do Senado

Não há uma democracia nos EUA, é apenas uma democracia da burguesia, o povo está excluído de opinar na casa onde são votadas as leis por políticos que ela mesma, a classe trabalhadora, elegeu para que a representassem. Quando supuseram que houve fraude nas eleições e se manifestaram contra essa possibilidade de fraude, foram reprimidos como terroristas.

O povo tem que ser obediente e se contentar em eleger pessoas e se comportar depois diante de qualquer ato que seja cometido pelos que foram eleitos. Isso não revela uma democracia e sim um Estado de exceção, no qual a única permissibilidade é o ato de votar. Trump, eleito por esse grupo de manifestantes, acabou de ser acusado pelo comitê da Câmara que apura a manifestação por crime de conspiração e incitação a insurreição.

No Brasil já tivemos casos parecidos de protestos de professores em Assembléias Legislativas onde a repressão policial foi igualmnte absurda, como essa do Capitólio. Ocupar prédios oficiais não pode ser considerado terrorismo, porém realmente deve causar um terror no pensamento da burguesia, levando a burguesia a se imaginar fora do comando do poder do país e o comando do dinheiro público.

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