Ampliar a mobilização

Metalúrgicos da CSN fazem paralisação em MG e em Volta Redonda

Somente a organização popular e as mobilizações podem garantir as reinvidicações dos trabalhadores e da população brasileira

Em campanha salarial, os trabalhadores da CSN realizaram paralisações nas unidades Presidente Vargas, em Volta Redonda (RJ), e Mineração, em Congonhas (MG). As mobilizações ocorreram na sexta-feira (5) e segunda-feira (8). Além da pauta econômica, a paralisação pede a reintegração de todos os demitidos durante as mobilizações da Campanha Salarial 2022.

As paralisações de 1h ocorreram unificadamente, com representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Sindicato Metabase Inconfidentes, Sindicato dos Vigilantes de Volta Redonda, Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro e Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro. Rafael Ávila, conhecido como Duda, presidente do Sindicato Metabase Inconfidentes, afirmou que a mobilização contou com o apoio de 80% dos trabalhadores.

Entre as principais reivindicações estão o reajuste salarial com índice de 20% a 22% (reposição das perdas salariais dos últimos 6 anos, mais INPC do período), PLR no valor de 10% do lucro operacional, o fim do banco de horas e a adoção de um Plano de Saúde nacional para os funcionários. E pelo fim das práticas antissindicais da empresa, como a não liberação dos dirigentes sindicais.

Um dos pontos principais que indigna os trabalhadores da Siderúrgica Nacional é o aumento dos salários de seis diretores da empresa que juntos chegaram a R$ 90 milhões. Outro ponto é o pagamento de R$ 2,4 bilhões em dividendos para acionistas. “Com metade desse valor, daria para dar para cada uma dos 20 mil trabalhadores cerca de R$ 60 mil. Hoje foi apenas o início. Mobilizaremos todas as unidades da CSN. Para gente unificar nossa luta e construir uma greve nacional”. Afirma Rafael Ávila. 

“Hoje foi também o momento de denunciar a dificuldade que a empresa está impondo. A CSN debocha da categoria que está na luta por questões essenciais à vida. É o Plano de Saúde, a PLR, o fim do banco de horas. Mas eles se recusam a negociar com o nosso sindicato”, afirma Edimar Pereira, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda. Ele também denuncia as condições de trabalho precárias: “Estamos com uma dificuldade muito grande dentro da empresa. Há muitos buracos, falta iluminação e outras coisas que comprometem a segurança. Infelizmente, tivemos acidentes com vítimas fatais’’. 

Fica registrado o total apoio deste Diário à luta dos trabalhadores da CSN, afirmando que é preciso ampliar as mobilizações para as reivindicações serem atendidas e estendidas para novas pautas de interesses dos operários. Somente a organização popular é capaz de garantir todos os direitos da população brasileira e impedir que nossas riquezas sejam doadas e usurpadas por acionistas e empresários estrangeiros.

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