A invasão bolsonarista no Palácio do Planalto neste domingo se tornou o principal acontecimento político do mês de janeiro. Em 8 dias de governo, a extrema-direita já protagonizou um episódio que acende uma luz de alerta em todo governo Lula e nas organizações de trabalhadores. No entanto, em meio a toda esta confusão gerada pela invasão bolsonarista, a burguesia vem se aproveitando da situação para pressionar e chantagear o governo Lula.
O principal meio de chantagem é justamente o chamado “mercado”, ou seja, os bancos e os capitalistas da especulação financeira, inimigos declarados de Lula que desde as eleições, buscam por meio de alterações artificiais na bolsa de valores, pressionar o governo eleito. Em mais um destes momentos, o chamado “mercado” agora se aproveita da crise para forçar a elevação de juros na bolsa e outros ativos. Segundo economistas da burguesia, apesar da situação ter sido superada, é de se esperar que “o mercado continuará tenso (…) até que o Planalto restabeleça a ordem e que os militares se posicionem de vez”, afirmou o economista André Perfeito para a Veja.
A questão central é que os capitalistas vem buscando culpar Lula pela crise, e colocar que caso ele não adote uma série postura direitista de repressão e de poder as forças armadas e ao judiciário, o “mercado” continuaria “tenso” contra o governo. O caso demonstra mais uma vez a operação da burguesia e do imperialismo para cercar o governo Lula e pressiona-lo até ter condições para de fato dar um golpe contra o governo eleito.
